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Menino que matou Raíssa recebe sentença final

Reprodução/G1

Publicado em 08/11/2019, às 08h38 - Atualizado às 09h07 por Cinthia Jardim


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A menina tinha apenas nove anos (Foto: Reprodução/G1)

O caso de Raíssa Eloá Aparecida Caparelli Dadona, de 9 anos, foi considerado nesta quarta-feira, 6 de novembro, como feminicídio pela Justiça de São Paulo. O crime foi praticado por um menino, de 12 anos, em um parque que fica na zona norte da capital paulista.

O juiz da 1ª Vara Especial da Infância e da Juventude, José Souza Neto, do Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou o garoto por estupro e por homicídio qualificado. Foi considerado a morte por asfixia, recursos que dificultaram a defesa da vítima, pelo crime ter sido praticado por um menor de 14 anos e também por feminicídio. A medida prevê aplicação socioeducativa de internação por tempo indeterminado.

O Estatuto da Criança e do Adolescente informou que o prazo máximo de internação para menores de 18 anos é de três anos, pois “uma manutenção deve ser avaliada no máximo a cada seis meses”. De acordo com o Yahoo, Tatiana Callé Heilman, promotora responsável pelo caso de Raíssa, não se manifestou, pois o caso ainda corre em segredo na justiça.

Tatiana ainda não soube dizer o que será feito caso os exames de DNA provem que o sêmen encontrado no corpo da menina sejam de outra pessoa. Outros testes já apontaram que o sangue encontrado na camiseta do menino é de Raíssa. Em uma das versões apresentadas por ele, foi informado que o garoto encontrou o corpo de Raíssa já amarrado em uma árvore, e que outra pessoa teria participado do crime. O garoto confessou que primeiro brincou com a menina e depois a matou dentro do parque.

Motivação para o crime

Na sexta-feira, 1º de novembro, aconteceu a audiência sobre o caso da menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de apenas 9 anos, que apareceu morta no Parque Anhanguera, na Zona Norte de São Paulo no dia 29 de setembro. De acordo com a perícia, a criança foi espancada, estuprada e asfixiada até a morte, sem conseguir reagir.

Mãe e filha estavam em uma festa em um Centro Educacional Unificado (CEU). O caso ficou registrado em um vídeo, que mostra Raíssa junta de um adolescente de 12 anos, que era amiga, andando na rua minutos antes de ser vítima de violência.

O menino chegou a confessar o crime depois de dar depoimentos diferentes. Desde esse período, ele foi internado provisoriamente na Fundação Casa, no Brás, bairro central de São Paulo. A audiência completa foi das 14h às 17h30, ouvindo o menino e mais 10 testemunhas, mas ainda não foi realizada qualquer sentença.

O delegado Luiz Eduardo Maturano, da 5ª delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também deu algumas informações sobre o caso. “Neste período de investigação, tivemos relatórios ofertados pela escola para o Conselho Tutelar sobre comportamento inadequado, obsceno e agressivo, principalmente com meninas, em um caso ele agrediu um menino especial na turma dele”, contou ao G1.

De acordo com o especialista, a inspiração para o crime veio dos inúmeros filmes de violência e terror que assistia.

Entenda o caso

Em entrevista ao SP1, Rosevânia, mãe da menina, contou que iria pegar pipoca para o irmão de Raíssa e pediu para que a menina não saísse de perto dela, enquanto ela estava na fila de um brinquedo no CEU Anhanguera.

“Raíssa, não sai de perto da mamãe porque a mamãe não gosta. Se ela saísse, não saberia voltar. Aí ela falou: tá bom, mamãe, estou brincando aqui com ele no pula-pula. E eu falei: tá bom, minha filha, só vou pegar pipoca para o seu irmãozinho”, conta Rosevânia. Porém, alguns minutos depois, Raíssa desapareceu e a mãe começou a procurá-la.

“Comecei a rodar o parque inteiro, chamei as meninas, anunciei no palco e nada. Avisei os policiais do CEU, todo mundo procurando e nada. Quando deu umas 17h55min, a mãe dele, que estava na delegacia, falou assim com tranquilidade: Meu filho falou que encontrou uma menina na árvore e que ela estava de macacãozinho rosa. Eu peguei e já desmaiei”, relembra.

Rosevânia conta que não conhecia os pais do menino, mas que já tinha levado ele para a igreja. “Eu só conhecia as irmãs dele e ele. Ele só falou que tinha ficado internado. Ele me chamava de tia. Mas não quis falar que não tinha aprontado. Disse só que era briga dos pais“, conta. Rosevânia também enfatiza que o menino disse à ela que costumava ler a Bíblia e que ele só falava de Deus.

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Palavras-chave
Comportamento Notícias Criança

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