Publicado em 26/06/2020, às 08h17 - Atualizado às 08h24 por Camila Montino, filha de Erinaide e José
Alexandra Dougokenski, que admitiu no mês passado ter matado o filho Rafael Winques, de 11 anos, contou que agiu sozinha e que falou a verdade porque “não sabia como contar” o que aconteceu ao outro filho. Rafael foi encontrado morto no fim de maio pela polícia em uma casa abandonada perto de onde morava com a família, em Planalto (RS).
Segundo a UOL, A RBS TV divulgou partes do depoimento de Alexandra à polícia. Ela explicou o motivo de ter comunicado o desaparecimento do filho e o que a fez ter assumido o crime. “Eu sei que ele [filho mais velho de 17 anos] ia achar falta do irmão, e eu não sabia como contar”, iniciou ela, antes de falar o que teria acontecido. “Dei remédio para ele dormir. Diazepam. Dois [comprimidos]”, respondeu aos policiais. “Ele estava diferente, com a boquinha roxa e as mãozinhas geladas”, relatou Alexandra, que não se lembrou da hora em que constatou o problema, afirmando apenas que era “de madrugada”.
Ao ser questionada sobre como teria retirado o corpo de Rafael da cama, ela revelou, segundo a RBS, ter usado uma “cordinha”, já que “não conseguia tirar ele”, então optou por amarrar o próprio filho. Por fim, a mãe confessou ter escondido o corpo do menino em uma caixa de papelão que ficava na garagem do vizinho, a cerca de 5 metros de sua casa. “Eu coloquei ele deitadinho lá. Não sei se pus no fundo. Sei que tirei algumas coisas e coloquei deitadinho”, disse, antes de concluir que agiu sozinha.
Alexandra foi detida no mesmo dia em que deu este depoimento à polícia, ocorrido no dia 25 de maio. A prisão temporária foi prorrogada por mais 30 dias enquanto as investigações continuam. A mãetambém confessou que escondeu o corpo do filho em uma caixa de papelão que estava na garagem do vizinho, a cinco metros da residência dela.
Segundo a RBS, a defesa da mãe afirma que Rafaelmorreu horas depois de tomar o remédio. “Quando viu que o menino tinha falecido ali, não soube o que fazer, e tentava poupar que o irmão visse aquela situação. E explica, assim, por que escondeu o corpo e ludibriou a autoridade policial esses dias todos”, falou Gustavo Nagelstein, classificando o crime como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
A polícia, ainda segundo o veículo, acredita que houve dolo – intenção de matar – e que ela matou o filho com a citada corda.
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