Publicado em 09/11/2015, às 06h21 por Redação Pais&Filhos
No mesmo dia em que o Ministério da Saúde anunciou medidas para incentivar a amamentação, regulamentando a publicidade de produtos que prejudicam o aleitamento materno, o tema ganhou destaque nas redes sociais, mas desta vez pelo fato de uma mulher criticar uma mãe dando de mamar enquanto pedalava.
“POBRE FAZENDO POBRICE! Vai em um bairro nobre ou em um restaurante fino pra você ver se encontra mulher com o peito pra fora? JAMAIS! Elas levam mamadeira! Como eu fazia! Ou no mínimo colocam uma fraldinha pra tapar o peito! Isso se chama BOM SENSO!”, escreveu uma estudante em seu perfil no Facebook.
Publicado no último sábado, 31 de outubro, o post demonstrou o quanto a amamentação em público ainda é tabu e alvo de julgamentos – vindos, na maior parte, de outras mães.
Recentemente, uma pesquisa realizada em 10 países apontou que 47,5% das brasileiras afirmam que já sofreram preconceito por alimentar seus bebês na frente de outras pessoas.
Por mais que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde reforcem a recomendação da amamentação exclusiva até os 6 meses de vida e complementar até os 2 anos ou mais, as mães continuam sendo censuradas por esse incrível ato de amor, que só traz vantagens para as crianças – e que, do ponto de vista nutricional, é insubstituível.
No entanto, ainda há muita desinformação sobre o assunto.
Tanto que a mulher em questão chegou a afirmar em sua postagem que os leites artificiais possuem a mesma qualidade do leite materno e que “depois dos 6 meses a criança já começa a comer outros tipos de alimentos e não é necessário ficar amamentando a qualquer momento e em qualquer lugar”.
Sem embasamento científico algum e contrariando todas as pesquisas que relacionam o leite materno à prevenção do câncer, à proteção contra infecções, ao fortalecimento da imunidade, ao bom desenvolvimento do sistema nervoso e da musculatura facial do bebê, ao menor risco de obesidade e de diabetes, entre tantos outros benefícios que só o leite materno pode trazer, a estudante escreveu, também, que o mundo está “evoluindo” e declarou que ela nunca amamentou seu filho.
Com grande desconhecimento e fortes críticas ao aleitamento materno, o post já recebeu mais de 13 mil compartilhamentos até esta quarta-feira (4) e causou revolta entre outras mães, que decidiram se manifestar e, em resposta, criaram um mamaço virtual usando a hashtag #pobrefazendopobrice.
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