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Tudo que você precisa saber sobre o cocô do seu filho

Entenda mais sobre o coco do seu filho - reprodução
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Publicado em 23/06/2020, às 11h00 - Atualizado às 12h03 por Redação Pais&Filhos


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Como mãe de dois meninos e pediatra que sempre lida com isso no consultório, já vi e já cheirei muito cocô. As fraldas fazem parte do meu dia a dia, não tem jeito. Quase todos os pais sempre me procuram preocupados sobre o funcionamento do intestino dos seus filhos. “É diarreia?” Então explico as variações normais de cor e consistência. Em alguns momentos eu mesma me preocupei com as fezes dos meus filhos. Mas a boa notícia é que é muito raro um bebê ter uma evacuação anormal. Separamos algumas características do cocô para você saber o que realmente é preocupante. (Aviso: não leia se você estiver comendo, ou se for comer daqui a pouco.)

Cor

As fezes são compostas de comida digerida, bactérias, células que caem do intestino e bile. No nascimento, o intestino dos recém-nascidos é estéril, mas em algumas semanas ele (e o cocô) se enchem das mais variadas e saudáveis bactérias. Crianças que consomem leite materno ingerem diferentes proteínas todos os dias, dependendo do que a mãe come, o que causa a variação de cor nas fezes. Já os bebês que são alimentados através de fórmulas recebem as mesmas proteínas todos os dias, mas as variações de bactéria também podem mudar as cores das evacuações. Portanto, o cocô da segunda-feira pode parecer bem diferente do cocô da terça, e isso é normal.

Entenda mais sobre o coco do seu filho (Foto: reprodução)

Consistência

As fezes de bebês e de crianças podem ter a consistência espessa de uma pasta, de queijo cottage ou de iogurte. Evacuações de bebês que mamam no peito normalmente se assemelham a mostarda. Já o cocô daqueles que se alimentam com fórmulas tende a ter a consistência parecida com a de um pudim. Se seu filho, independentemente da idade, evacuar algo parecido com fezes de gato ou de coelho, provavelmente ele está constipado. Se o cocô pode “rolar”, ele está mais duro do que deveria, então procure o pediatra.

Frequência

A quantidade de evacuações por dia não é tão importante como a maioria das pessoas pensa, mas é algo que preocupa pais de primeira viagem. Depois dos seis meses de vida, mais do que quatro cocôs diários pode ser considerado excessivo. Já para bebês que ainda são amamentados, uma evacuação por semana é muito pouco. Para crianças maiores de 2 anos, o normal é ao menos uma vez ao dia. As fezes precisam se mover no intestino gradualmente. Ainda assim, a aparência é mais importante do que a frequência com que você troca a fralda do seu bebê.

Odor

O cheiro é um reflexo de quanto tempo as fezes ficam dentro do intestino. Quanto mais tempo ele fica em contato com bactérias dentro do organismo, mais forte será o odor. Porém, alguns bebês que têm evacuações com um cheiro podre podem ter intolerância ou alergia a alguma substância. Geralmente, os que mamam no peito não fazem cocô de cheiro ruim. Aqueles que tomam fórmulas evacuam um pouco mais fedido. Já quando são adicionadas papinhas na alimentação, o cheiro será muito mais marcante. Isso porque outras fontes de proteínas estarão presentes nas fezes. Mas se você acha que o cocô do seu filho é excessivamente fedido, consulte seu pediatra.

Linha do tempo das fezes: O cocô vai mudando conforme a idade da criança e os alimentos adicionados à sua dieta.

No útero

Por mais estranho que possa parecer, as fezes começam a se formar no intestino do bebê antes mesmo de seu nascimento. Nesse momento, elas estão cheias de mecônio, uma substância estéril e viscosa, feita do líquido amniótico que é ingerido pela criança, bile e células corporais.

De um a 4 meses

Com três ou quatro dias de vida, as fezes mudam do mecônio para uma substância aguada. Em geral, os bebês sujam até dez fraldas por dia até o segundo mês de vida. Aos 4 meses, esse número cai para de duas a quatro fraldas. Isso acontece por causa do reflexo gastrocólico, que ocorre quando o estômago se alarga com a comida e o cólon é alertado para se esvaziar e dar espaço para mais comida. Nos bebês, o reflexo gastrocólico é imaturo, assim, cada vez que eles são alimentados, deixam escapar um pouco de fezes.  Bebês nutridos com fórmulas evacuam com menos frequência do que aqueles que mamam no peito, porque as fezes se movem pelo intestino mais devagar. Eles sujam as fraldas de uma a duas vezes por dia depois do segundo mês de vida – em alguns casos, esse número pode chegar a três e até quatro vezes por dia.

De 5 a 12 meses

Uma vez que o bebê começa a comer papinhas, entre os 4 e 6 meses de idade, as fezes dele mudam. Enquanto o cocô dos que tomam leite materno costuma engrossar com a adição de alimentos à dieta, o cocôs dos bebês que fórmulas fica mais mole. Se você amamenta seu filho, verá que quando ele começar a ingerir comidas mais sólidas e variar a dieta, ele também passará a evacuar muito mais.

De um a 3 anos

Quando a criança para de tomar leite, as fezes dela continuam a mudar. Para a maioria, elas se tornam mais espessas e duras. Entre os 12 e 18 meses de idade, você provavelmente vai notar que os vegetais serão facilmente identificados nas fraldas do seu bebê, pois são alimentos mais difíceis de serem digeridos. Isso pode fazer parecer que seu esforço para oferecer uma grande variedade de alimentos à criança, muitas vezes acompanhado de brigas, seja uma perda de tempo. Mas não é, insiste Evelin Hsu, gastroenterologista no Hospital da Criança, em Seattle. “O cólon da criança ainda está aprendendo a processar vegetais”, ela explica. É importante “exercitar” o cólon. Além disso, o pequeno pode não estar mastigando direito ainda. Com o passar do tempo, a comida será melhor digerida. Pesquisas mostram que o momento apropriado para tirar a fralda é entre 2 anos a 2 e meio.

De 3 a 5 anos

Nessa idade, é ideal que as crianças evacuem uma vez por dia, com facilidade e sem dor nenhuma. No entanto, a constipação é algo muito comum nessa fase. Você deve reparar se o cocô lembra uma sopa, uma cobra ou bolinhas. A forma mais saudável é de uma longa cobra.

Crianças que estão constipadas têm problemas e até evitam ir ao banheiro porque têm medo da dor. Para tratar esse problema, é recomendável que 50% da dieta calórica seja baseada em frutas e verduras. Também não devem tomar mais do que dois ou três copos de leite por dia. Os pais devem encorajar os filhos a tentar ir ao banheiro logo após as refeições. Se nada disso funcionar, consulte o médico.

Tudo bem, a gente quer muito que nossos filhos comecem a usar o banheiro, mas a hora certa para isso só eles sabem. Faça o melhor para oferecer suporte e proteção para o pequeno nessa jornada. E lembre-se: embora pareça que usar a privada é o final dessa linha do tempo, a maioria de nós vai limpar os bumbuns dos nossos filhos por mais alguns anos.

Sinal de alerta: quando procurar o médico

Se o cocô estiver branco (é um sinal de que o bebê não está produzindo bile suficiente), preto (que indica sangue digerido do estômago ou do intestino). Ou se contém estrias vermelhas (pode significar que o cólon ou o reto estão sangrando).

Se seu filho gritar de dor ou sangrar quando evacua.

Se houver muco nas fezes, o que pode significar uma infecção ou intolerância a alguma substância.

Se as fezes mudarem de aparência radicalmente depois que um novo alimento for introduzido na dieta – isso pode ser sinal de alergia.

Se as fezes ainda forem muito líquidas quando a criança já tiver um ano.

O que pode alterar o funcionamento do intestino

Antibióticos

Se seu filho toma antibiótico, ele pode ter diarreia, gases, irritação no estômago, ou evacuações mais frequentes. Por isso, eles são aconselhados somente quando necessários. Tomar iogurtes com lactobacilos vivos ajuda a prevenir estes possíveis efeitos. Pergunte também ao pediatra sobre dar ao seu filho probióticos enquanto ele está tomando antibiótico. Pesquisas mostraram que isso pode diminuir as chances de diarreia.

Gastroenterite

Crianças com vírus estomacais chegam a vomitar várias vezes por um período de até 24 horas. Mas a evacuação é outra história. O prazo para as fezes voltarem ao normal, depois de uma virose pode chegar a duas semanas. Isso porque quando um vírus se aloja no intestino, leva tempo para as “boas bactérias” retomarem seu lugar e deixarem o cocô com a mesma aparência que tinha antes.

Viagens

Por o pé na estrada pode tornar difícil para seu filho se manter hidratado, o que resulta em uma evacuação mais complicada, com fezes mais duras. Elas também podem ficar mais líquidas, pois quando bebemos água de lugares novos, as bactérias que vivem em nosso intestino podem mudar e causar alterações na evacuação. Tente fazê-lo tomar iogurte com lactobacilos vivos. Tomar probióticos uma semana antes de viajar pode ser também uma boa opção.


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