Publicado em 17/10/2011, às 22h00 por Redação Pais&Filhos
Quando decidi engravidar, eu já estava com 38 anos. Dois anos se passaram e muito tempo e dinheiro foram empregados no projeto de ter um bebê. Finalmente, após uma inseminação artificial, o Enrico começou a crescer dentro de mim. A gravidez foi maravilhosa e o parto normal, inesquecível. Ele era um bebê forte e saudável. Eu me tornei a mãe que jamais imaginaria ser e descobri dentro de mim um amor incondicional e intenso.
Enrico ia muito bem, mas numa manhã de maio de 2005, quando tinha 4 meses de vida, ele acordou com dificuldade respiratória. Levei-o ao pronto-atendimento, onde foi medicado e liberado após alguns exames.
Na madrugada seguinte, acordei com uns gemidos frouxos. Enrico já estava arroxeado e com a respiração quase inexistente. No caminho para o hospital, tentei manter sua vida com uma respiração boca a boca, desesperada para salvá-lo. Chegamos ao hospital e ele ainda tinha um fio de vida.
Fui informada de que ele estava com uma séria infecção, de causa desconhecida. Depois disso, foi diagnosticada uma sepsemia (infecção generalizada), doença dificilmente curável, principalmente em um bebê tão pequeno.
Eu pensei que aquela semana seria a pior da minha vida, mas eu não sabia que as coisas ainda iriam piorar muito. Numa tarde, Enrico convulsionou e recebemos a terrível notícia: ele entrara em coma.
Naquele momento, nosso bebê estava entubado, com sonda alimentar, agulhas no corpo e em coma. Um dos médicos nos informou que o quadro era muito sério e que, provavelmente, ele teria de conviver com sequelas para o resto de sua vida (se é que sobreviveria). Parecia o fim, mas nós nunca duvidamos de sua cura, porque o Enrico se mostrou muito valente.
Após um mês, a primeira infecção foi dominada, mas logo veio uma infecção hospitalar, depois outra e ainda outra, pois ele permanecia tempo demais com os acessos disponíveis às bactérias oportunistas. Após 60 dias internado na UTI, ele ainda estava em coma. Os dias não tinham manhã, tarde ou noite. Eu praticamente me mudei para o hospital e meu marido passava também boa parte do dia naquele ambiente.
Eu cantava para ele todo o tempo, e tinha a certeza de que ele me ouvia: “Amanhã será um lindo dia, da mais louca alegria que se possa imaginar…” Um dia ele ouviu! Seus olhos começaram num movimento frenético que durou alguns dias. Vagarosamente ele foi recobrando os movimentos do corpo e, depois de uma semana, ele estava acordado. Havia saído do coma.
Ainda no hospital começamos as sessões de fisioterapia e fonoaudiologia e ele foi finalmente extubado, depois de 75 dias. Fomos para a casa após três meses de sofrimento, quando Enrico já estava com quase oito meses.
Por ter permanecido sem se movimentar por tanto tempo, recebeu tratamento até completar um ano. Ele se recuperou, voltou a mamar no peito e começou a andar com um ano e um mês. Não teve sequelas e, hoje, é um menino esperto, inteligente, cheio de energia e, principalmente, cheio de vida!
Passado todo esse sofrimento, eu engravidei novamente e nasceu o nosso caçula, Fabrízio, que hoje tem 4 anos. Somos uma família muito feliz.
Egle Leonardi é jornalista, casada com Carlos, e é mãe de Enrico, de 6 anos, e Fabrízio, de 4 anos.
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