Publicado em 04/08/2022, às 16h23 - Atualizado às 16h23 por Redação Pais&Filhos
Um corretor de imóveis de 49 anos relatou quando começou a realizar doações para a realização do método de inseminação caseira.
O homem diz que fez sua primeira doação no ano de 2017, quando viu em um grupo no Facebook o pedido de um casal de mulheres que não tinham condição de pagar para fazer a inseminação em uma clínica, e desde então, não parou de realizar as doações a quem entra em contato.
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Por não haver registros oficiais das doações, Alfredo (nome fictício) diz já ter perdido a conta, mas deduziu que são aproximadamente mais de 100 bebês gerados através dos espermatozoides doados e que as crianças estão localizadas em vários estados do país, sendo a maioria em São Paulo, onde ele mora.
Alfredo conta não ter contato com as crianças, garantindo que o contato só é feito através das redes sociais com as pessoas que desejam receber a doação, chegando até ele por saberem que supostamente o corretor tem uma alta taxa de fecundação. Depois das doações, ele diz ter recebido dos casais algumas fotos dos bebês, confirmando que o processo deu certo, mas o contato não prossegue.
O corretor confirma não cobrar nada além do valor utilizado para o deslocamento do local que ele se encontra até as pessoas que entraram em contato.
Apesar de não ser recomendada pelos médicos, por não haver um acompanhamento profissional, podendo causar riscos a saúde, a inseminação caseira é bastante procurada através das redes sociais e também por casais que não possuem condição de pagar pela inseminação artificial em alguma clínica. O método, que acontece na própria casa da pessoa, consiste na coleta dos espermatozoides de um doador, que são injetados com uma seringa no corpo da mulher que gestará a criança. Porém, sem os cuidados necessários, os riscos de infecção e transmissão de doenças é grande.
“Pegar o sêmen bruto sem nenhum tipo de processamento e inocular no útero tem implicações médicas que podem trazer certo risco do ponto de risco infeccioso, por ISTsou contaminações outras”, alerta Pedro Augusto Araújo, vice-presidente da Comissão Nacional de Reprodução Humana da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Frebrasgo). Além disso, também vale lembrar que, ao contrário da realização caseira, o procedimento feito através da clínica, garante o anonimato do doador do sêmen.
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