Publicado em 30/10/2020, às 18h06 - Atualizado em 22/04/2021, às 13h55 por Cinthia Jardim
Durante a gravidez, o corpo passa por diversas transformações, podendo resultar na diástase abdominal, que é o afastamento dos músculos. Mais comum no pós-parto, o problema traz diversos riscos à saúde, além de causar complicações na autoestima da mulher por conta da aparência de abdome estufado.
Para tirar todas as dúvidas sobre o assunto, conversamos com Gizele Monteiro, especialista em diástase, e Bianca Vilela, mestre em fisiologia, palestrante e fundadora da Bianca Vilela Saúde e Performance, e filha de Regina e Ildemar. Com dicas de ouro, elas explicaram como prevenir o problema e o que fazer caso ele apareça.
É quando acontece um aumento da pressão intra-abdominal, afastando os músculos. No caso das grávidas, com o crescimento do útero, pode estirar os músculos abdominais e, devido à frouxidão da linha alba e dos retos abdominais separados, um espaço de até 10 cm pode surgir entre os dois ventres do músculo reto ao final da gestação. “A diástase é a principal causa de flacidez abdominal e dores lombares pós-parto e deve ser prevenida e/ou tratada para que não cause danos maiores à saúde”, orienta Bianca.
Sim! Além da barriga estufada, o principal sintoma é uma saliência na linha alba acima ou abaixo do umbigo. Geralmente, pode ser notado ao contrair ou flexionar o tronco. Além disso, dores na região lombar também pode ser um alerta para o problema.
Você sabia que é possível fazer um autoteste para te ajudar a identificar a diástase? Segundo Gizele Monteiro, os passos são simples e podem ser feitos em casa.
Infelizmente, sim. Os mais comuns, segundo a fisiologista, são: fraqueza muscular, dores nas costas e alterações na postura, além de causar outros problemas associados como, por exemplo, incontinência urinária e fecal e queda da autoestima.
“Além da insatisfação estética de abdome estufado e barriga com aparência de ainda ‘gestante’ que é sem dúvida a queixa principal das mulheres. Estudos revelam que quatro em cada dez mulheres relatam persistência de LBPP (dor lombar pélvica) meio ano após o parto”, reforça.
A diástase abdominal pode aparecer em todas as gestações, por isso é importante prevenir o quanto antes. “E a cada nova gravidez ela piora, além de poder afetar mais a estética e a diástase romper mais aumentando o tamanho da barriga, flacidez de pele e tônus dos músculos muito baixo”, explica Gizele.
Bianca comenta que as principais orientações pra prevenir a diástase são: ajustar a postura de como sentar, levantar, deitar, amamentar, segurar o bebê e colocá-lo no berço. Vale lembrar que o intuito é de sempre proteger a coluna.
“Estimular a atividade física segura durante a gestação e no pós-parto supervisionadas por um profissional especializado são fundamentais, De acordo com Kate Bowman, especialista e biomecânica e autora do livro “Diastasi rectil”, se houver diástase, neste período de reabilitação, deve-se evitar exercícios abdominais convencionais, principalmente os de rotação de tronco e quadril, alongamento lateral ou da cintura, pois os mesmos podem contribuir para o aumento da diástase”, comenta.
Evitar o ganho excessivo de peso também é uma forma de prevenção. “É importante que a gestante entenda a diferença entre prevenção e tratamento; sendo o segundo muito mais complexo”.
Existe, e quanto antes ele acontecer, melhor! A partir dos exercícios certos e direcionados, além da reorganização e recuperação do corpo, é possível reverter a diástase. Portanto, é importante tonificar a musculatura abdomino-perinea, favorecer a estabilidade espinhal, adequar a postura, prevenindo qualquer tipo de hérnia, regular fatores respiratórios, entre outros, mas sempre com a orientação de um profissional.
Vale lembrar que as cirurgias de diástase devem ser feitas apenas em último caso, pois “ela não fortalece os músculos fracos. A cirurgia apenas costura a diástase, retira o excesso de pele, mas não recupera a força, equilíbrio muscular e nem reorganiza postura e pelve”.
Se a diástase for diagnosticada e ignorada, Rô Nascimento, educadora física especializada em gestantes e puérperas, faz um alerta para o que pode acontecer com o corpo: abdômen fraco e com um buraco, dor na região lombar, fraqueza no assoalho pélvico, perda de urina ao rir, tossir, espirrar, pular e agachar, dor na relação sexual e prisão de ventre. “O ideal é fazer um trabalho de prevenção, mas é possível recuperar no pós-parto e mesmo algum tempo depois”, explica.
Para Daniela Cacciola, mãe de Alice, Arthur e Victoria, a diástase abdominal aconteceu na terceira gestação. “Eu nunca tinha usado maiô na vida e quando via aquela barriga frouxa e aquele estômago alto sai correndo para comprar, pois jamais imaginaria que voltaria a usar meus biquínis. Os shorts apertavam muito e quando eu comia, parecia que minha barriga estufava na hora. Sentia uma sensação de órgãos frouxos”, lembrou.
Já para Nádia Franco Azevedo, mãe de Pedro e Felipe, o problema aconteceu em 2018. Com a descoberta, ela procurou ajuda e recebeu todo o suporte para iniciar o tratamento. “Eu tinha escapes de xixi com muita frequência, eu não podia nem espirrar”, contou.
Felizmente, com a orientação de Gizele Monteiro, as mães conseguiram recuperar a autoestima e se sentiram motivadas a influenciar que outras mulheres também procurem ajuda. “Estou realmente orgulhosa”, comentou Daniela. “Com os exercícios certos, os resultados já aparecem na primeira semana”, concluiu Nádia.
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