Publicado em 11/01/2021, às 11h44 por Isabel Martins, filha de Heloisa e José Augusto
No dia 6 de março de 2022 existe uma pequena chance que o asteroide 2009 JF1 atinja o planeta Terra. Mas calma, a probabilidade é de 0,026%, ou seja, 1 em 3.800. A escala de Turim classifica o risco de colisão e o potencial destrutivo de cometas e asteroides e segundo ela, o risco para o 2009 JF1 é zero. Mas e se, nós formos o 1 de 3800 e formos atingidos? Ainda assim, os cientistas não têm grandes preocupações. Pois ele pesa 2,8 mil toneladas, o que equivale a um prédio pequeno e seu diâmetro é consideravelmente abaixo do que eles classificam como “potencialmente perigoso”.
Além disso, quando esses corpos entram na nossa atmosfera, eles são fragmentados em vários pedaços que vão cair espalhados. De acordo com o professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), os impactos do 2009 JF1 são de danificar janelas e telhados, entretanto é mais provável que ele caia no oceano.
O professor Roberto da Costa, do departamento do IAG da USP (Universidade de São Paulo), fala que a partir de dezenas de metros pode oferecer algum risco mais sério. “Dezenas de metros implica em objetos que causam danos locais importantes. Centenas de metros causariam danos regionais. Objetos acima de um quilômetro de diâmetro podem causar danos ao planeta todo. Esses são os responsáveis pelos eventos de extinção. O último desse tipo atingiu a Terra há 66 milhões de anos e causou a extinção dos dinossauros”, contou em uma entrevista para CNN Brasil.
Inúmeros meteoros e pequenos asteroides caem todos os anos na Terra: ” “Se você descer ao tamanho de centímetros ou milímetros, somos atingidos todos os dias. São as estrelas cadentes, todos já devem ter visto alguma. São pequenos objetos que entram na atmosfera e se queimam por atrito com o ar. A grande maioria nem chega ao chão”, fala.
Em 2013, um evento parecido aconteceu na Rússia. Um asteroide de 20 metros de diâmetro e 10 mil toneladas caiu na cidade de Chelyabinsk, a população conta que viu uma bola de fogo rasgando o céu e que ela atingiu a cidade. O asteroide causou deslocamentos de telhados e deixou janelas quebradas, deixando alguns feridos com os estilhaços e queimaduras, por causa da radiação ultravioleta.
Esse é o segundo maior registro de impacto na Terra desde que um meteoro caiu em Tunguska, na Sibéria em 1908. Naquele ano, o corpo arrasou 2 mil km² de árvores na região.
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