Publicado em 19/07/2021, às 11h40 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h24 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Quando uma gripe ou resfriado aparecem, os ossos da face costumam ficar inflamados e causar certo desconforto. É possível notar ainda a sensação de peso facial, congestão nasal e até mesmo a presença de secreção. Apesar de durar por um período de 3 a 5 dias, aproximadamente, a sinusite merece atenção e cuidados para uma boa recuperação.
Caso os sintomas se agravem ou persistam, é muito importante buscar pela ajuda de um especialista, como um pediatra, otorrino, ou alergista. Para tirar as principais dúvidas sobre o tema, conversamos com a Dra. Brianna Nicoletti, alergista e imunologista pela USP, mãe de Felipe e João Pedro, e com a Dra. Maura Neves, otorrinolaringologista, filha de Manoel e Maria Lúcia.
Segundo Brianna, a sinusite pode ser classificada como: “Uma inflamação do revestimento interno dos seios da face (também chamados de seios paranasais)”. Além disso, o problema pode ser classificado em três tipos, que possuem intensidades e duração diferentes.
Maura Neves explica ainda que a sinusite pode ser conhecida por outro nome: “Atualmente, é chamada de rinossinusite. Na maioria das vezes, atinge um lado, mas pode pegar os dois lados da cabeça. Vale lembrar que a condição pode ou não estar associada a alergia“.
A inflamação do revestimento dos seios internos da face podem ser causados por inúmeros fatores, como processos infecciosos (viral, bacteriano, fúngico), fatores irritativos (como cheiros fortes, fumaça de cigarro e etc), alérgenos e até estreitamento da nasofaringe (“cavidade nasal”) por questões estruturais locais ou traumas faciais e pólipo nasal.
De acordo com Maura Neves, o diagnóstico de sinusite pode ser feito clinicamente através dos sintomas, somado ao exame físico pedido pelo médico. “O otorrinolaringologista pode ainda realizar nasofibroscopia, que é uma Endoscopia do nariz e/ou tomografia da face para o diagnóstico. Raio-x simples não são mais utilizados para o diagnóstico”, explica.
Brianna completa ainda que: “Realizamos estes exames de imagem (neste caso preferencialmente a tomografia de seios da face) somente em caso de sinusite refratária (várias tentativas de tratamento sem sucesso), sinais/sintomas de complicações, como a mastoidite associada, pós traumas ou cirurgias.
Em crianças e adultos, o tratamento para sinusite costuma ser realizado da mesma maneira, mas seguindo a restrição de idade para medicamentos específicos. “Nas sinusites ditas com o não complicadas deve ser evitado o uso de antibióticos”, alerta a alergista.
Para a melhora do quadro de sinusite, podem ser recomendados: “lavagens nasais varias vezes ao dia, uso de antialérgicos, descongestionantes (orais ou tópicos) dependendo do paciente, analgésicos e anti-inflamatórios. Quadros muito prolongados e com sintomas bacterianos (febre, secreção esverdeada, mau cheiro) utilizamos antibióticos com bom alcance das bactérias mais frequentes de vias aéreas superiores”, comenta Brianna.
Para aliviar os sintomas da sinusite, o único tratamento caseiro recomendado pelas especialistas é a lavagem nasal ou inalação com soro fisiológico. A automedicação não é indicada e remédios devem ser usados apenas com prescrição de um médico especialista.
“Podem ser feitas inalações com soro para aliviar. Não há comprovação de que pingar substâncias ou adicionar essências a inalação ajudem nos sintomas. Dessa forma, não são recomendaria”, alerta a otorrinolaringologista.
Nos pacientes com rinossinusite, é muito importante pensar nas causas alérgicasou irritativas à higiene ambiental, ou seja, os cuidados para se ter em casa, evitando assim o acúmulo de poeira no ambiente. Veja algumas dicas para driblar o problema, segundo a Dra. Brianna:
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