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Sociedade Brasileira de Pediatria faz alerta sobre o uso da cloroquina em crianças

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Publicado em 04/06/2020, às 16h38 por Redação Pais&Filhos


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Sociedade Brasileira de Pediatria faz alerta sobre o uso da cloroquina (Foto: iStock)

Recentemente, diante do aumento no número de casos de coronavírus no Brasil, o debate sobre o uso da cloroquina ou hidroxicloroquina, virou um assunto que divide opiniões, mas que é necessário muita cautela. De acordo com uma nota publicada pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), a utilização desse medicamento em crianças e adolescentes com covid-19, é ainda algo que não se sabe sobre a eficacia e se é realmente benéfico.

Segundo o presidente do Departamento Científico de Infectologia da SBP, dr. Marco Aurélio Sáfadi, as informações técnicas disponíveis sobre a interação desses medicamentos com a COVID-19 ainda são escassas, sobretudo em relação à população pediátrica. “Essa falta de embasamento impede que o médico receite a cloroquina de forma confortável e segura, com base numa avaliação equilibrada entre riscos e benefícios. Sem dados robustos e o devido respaldo técnico, a utilização de qualquer remédio torna-se uma espécie de experimentação, que pode trazer mais problemas do que melhorias à saúde”, destaca.

Atualmente, o uso do medicamento está sendo feito somente por pacientes que fazem parte de um programa de testes, e que estão dispostos a entrar no estudo. É necessário entender que algumas das pesquisas não permitiram resultados conclusivos, pois foram interrompidos devido ao aumento da mortalidade em decorrência do uso de altas doses desses medicamentos. “Aproximadamente 96 mil pacientes, concluíram que não foi possível confirmar qualquer benefício da hidroxicloroquina ou cloroquina, quando utilizadas sozinhas ou associadas a macrolídios, em pacientes hospitalizados com COVID-19. Além disso, os autores puderam observar que cada um desses regimes de medicamentos foi associado à diminuição da sobrevida hospitalar e aumento da frequência de arritmias ventriculares”, alerta o texto.

A SBP ainda afirma que é essencial que os médicos dispostos a fazer o uso do medicamento, tenham ciência sobre os efeitos colaterais, que são: alterações gastrintestinais; distúrbios visuais; urticária; efeitos cardiovasculares, como hipotensão, vasodilatação, supressão da função miocárdica, arritmias cardíacas, cardiomiopatia e parada cardíaca; e efeitos no sistema nervoso central, como cefaleia, confusão, convulsões e coma. Todas essas consequências,  podem ser de grande impacto, se for usado de forma precoce e em casos leves de coronavírus.

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