Pais de Walewska dizem que viúvo da jogadora era agressivo e escondeu fatos da família

Geraldo e Aparecida Oliveira, pais da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, que faleceu após cair do prédio onde residia, revelaram ao Fantástico que a atleta possuía 23 imóveis até 2019, mas o viúvo dela, Ricardo, informou vagamente que no momento de seu falecimento ela tinha controle apenas de um desses imóveis.

Esse fato motiva o pedido dos pais para que o viúvo seja excluído do inventário da filha. “Ela não tinha compulsão alguma de fazer vendas por besteira. Gostava de comprar as coisas dela, mas jamais faria isso. [Ricardo] quer manchar a imagem dela”, disseram.

A advogada dos pais, Maria Toledo, manifestou preocupação, afirmando que desde 2019 os pais não recebiam notícias sobre esses imóveis e que Ricardo indicou que restava apenas um imóvel, necessitando esclarecer como e para quem os demais foram vendidos.

Víuvo seria agressivo com Walewska

Além disso, os pais relatam que Ricardo era agressivo com Walewska e desconheciam que ele fosse o inventariante da filha até após o seu falecimento.

"Nós chegamos a assistir briga dele com ela. Eu levando eles para o aeroporto. Ele xingava ela dentro do carro comigo. Eu ficava assim, chateado. Eu olhei pra ele assim, e ele parou de falar. O marido tratar mal a mulher perto dos pais. A gente imaginava: e longe da gente, o que não pode acontecer?”, disse o pai em entrevista ao Fantástico.

 Procurado pelo Fantástico, Ricardo negou as acusações, alegando que ele e Waleska sempre tiveram uma relação boa, nunca sendo agressivo com ela.

Waleska, ex-campeã pela seleção brasileira feminina nas Olimpíadas de Pequim em 2008, faleceu após a queda do 17° andar de seu prédio em São Paulo.

Pais de Walewska Oliveira brigam para que marido da jogadora não receba herança

No dia 21 de setembro, Walewska Oliveira, de 43 anos, ex-jogadora de vôlei e campeã pela seleção brasileira nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, faleceu ao cair do 17º andar do apartamento que morava na cidade de São Paulo, na região da Avenida Paulista.

A atleta deixou uma herança milionária que está em disputa entre os seus pais, Maria Aparecida Moreira e Geraldo Vieira de Oliveira, e o seu marido Ricardo Alexandre Mendes. Acontece que a família quer tirar Ricardo do acordo.

De acordo com uma estimativa, Walewska teria deixado aproximadamente R$ 25 milhões em imóveis, sendo tanto apartamentos, quanto salas comerciais em condomínios de luxo, estando valorizados entre R$ 456 mil e R$ 2,6 milhões.

Dentre as propriedades, uma fica em Belo Horizonte, Minas Gerais, e os demais ficam espalhados pela cidade de São Paulo, sendo um deles o apartamento onde ela residia nos Jardins, região nobre.

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Enquanto alguns imóveis foram adquiridos através da empresa da jogadora, a WL Serviços Esportivos, treze foram adquiridos pela pessoa física de Walewska. Pelo seguro de vida, ela deixou R$ 1.312.850, segundo informações do Notícias da TV.

Como a listagem mais recente dos bens da atleta é de 2020, a Justiça solicitou que um novo documento seja emitido para checar se alguma dessas propriedades foi vendida por ela mesma, enquanto ainda estava viva.

Walewska tinha um funcionário que administrava todos os seus bens, contudo ele foi demitido pelo marido dela, que contratou outro para a função. Ricardo é o responsável pelo inventário de sua herança, mas os sogros não concordam.

O que motiva o descontentamento da família da jogadora são cartas deixadas por ela mesma revelando que não estava satisfeita com o relacionamento, no qual vivia uma crise há cinco anos, quando descobriu uma traição e um filho de Ricardo fora do casamento.

Os advogados de defesa dos pais de Waleska listaram nos autos motivos pelo qual acreditam que o marido não deva receber a herança da filha. "Ricardo, companheiro por 20 anos de Walewska, não reconheceu o corpo, deixou documentos e pertences de sua esposa na recepção do prédio para serem recolhidos por familiares, não contribuiu financeiramente ou de forma prática para os trâmites do velório e enterro, negligenciou apoio à família, mas foi bastante rápido e assertivo em solicitar a abertura do inventário e sua habilitação como inventariante", detalharam.