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O que fazer quando o bebê está em posição pélvica

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Publicado em 04/03/2020, às 11h57 - Atualizado em 26/06/2020, às 12h18 por Cinthia Jardim


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4% das crianças ficam na posição pélvica pouco antes do nascimento (Foto: iStock)

Na reta final da gravidez, é comum e esperado que a maioria dos bebês fique com a cabeça próxima ao colo do útero. Mas, no entanto, 4% das crianças assumem a posição pélvica, onde na verdade as pernas e os pés ficam neste ponto. Dessa forma, há chances de complicações no parto, pois os membros inferiores podem se enroscar no cordão umbilical no momento do nascimento. Outro grave problema, é que o corpo desliza facilmente, mas a cabeça pode ficar presa no canal, causando deformações e podendo levar a morte.

Para verificar a posição, os médicos podem sentir através do toque, a partir da 36ª semana de gravidez, quando o bebê já está perto da data de nascimento. Caso você já tenha dado à luz gêmeos, tiver pouco líquido amniótico, parto prematuro ou placenta prévia, as chances do parto pélvico aumentam. Uma grande dúvida ainda é: “O que os médicos fazem para lidar com essa posição?”. Para surpresa de muitos, é possível alterar a forma que o bebê está ou caso ele não vire, saber contornar isso.

Como corrigir a posição pélvica

As 37 semanas de gestação, caso o bebê esteja pélvico, o médico poderá sugerir a técnica cefálica externa, que consiste em aplicar uma pressão no abdômen com as mãos para tentar fazer com que ele se vire. De acordo com a obstetra Heather Weldon, do Southwest Medical Group Associates, em Vancouver, Washington, o procedimento é feito da seguinte maneira: “Às vezes relaxamos o útero com medicação. Depois, levantamos o corpo do bebê com uma mão, colocamos a mão oposta na cabeça do bebê e incentivamos uma cambalhota”.

Andrew S. Gardner, professor assistente clínico de obstetrícia e ginecologia no Langone Medical Center da Universidade de Nova York, afirma que: “Quase todo paciente que tem um bebê em posição pélvica deve receber essa opção, a menos que haja outra contraindicação ao parto vaginal”. Geralmente, a técnica tem mais de 50% de sucesso e riscos como ruptura prematura da membrana são baixas. Vale lembrar que o procedimento sempre deve ser feito por um profissional. Ele não é recomendado para mulheres com complicações como: sangramento vaginal, placenta que cobre a abertura do útero, um bebê anormalmente pequeno, baixo nível de líquido amniótico, batimentos cardíacos fetais anormais ou ruptura prematura do útero.

Uma ótima opção para girar o bebê, pois caminhar pode afrouxar os ligamentos e o tecido conjuntivo que sustentam o útero e a pelve, gerando assim, mais espaço para que ele se mexa, afirma Gail Tully. parteira de Minneapolis e fundadora da Spinning Babies, uma organização que ajuda mulheres a moverem a criança para a melhor posição antes do nascimento. Sempre com aprovação do seu médico, os agachamentos também auxiliam o bebê a descer corretamente.

Para fazer o exercício, deixe as costas retas, os pés na largura dos ombros e os calcanhares no chão. Depois, dobre os joelhos até que eles fiquem acima dos dedos dos pés. Mantenha pressionado de 10 a 30 segundos e em seguida, levante-se devagar. Repita por cinco vezes. Andrea Shandri, proprietária da Agência Iowa Doula em Des Moines, explica que a posição em que o corpo fica também ajuda muito no processo: “Encorajo as mães com um bebê em posição pélvica a evitar recostar-se em grandes móveis confortáveis ​​e, em vez disso, sentar-se com as costas retas”

Essa técnica é um ajuste quiroprático que pode suavizar a pélvis e também reduzir a torção uterina, além de equilibrar os músculos pélvicos para que o bebê tenha mais espaço para se virar, como explica Heather Yost, quiropraxista da Yost Family Quiropraxia em Urbandale, Iowa. “Geralmente, são necessários de quatro a dez ajustes, mas alguns bebês mudam após apenas uma tentativa”. Os dados do Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics afirmam que o procedimento tem uma taxa de 82% de sucesso.

Tentei de tudo mas o meu bebê ainda permanece na posição pélvica. O que fazer?

Neste caso, a melhor solução é sempre conversar com o seu médico. Muitos hospitais ainda recomendam que se nada der certo a mãe opte por uma cesariana, pois ela pode diminuir as chances de complicações durante o parto.


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