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Novo remédio para tratamento de crianças com hepatite C tem taxa de cura de até 99%

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Publicado em 20/02/2019, às 16h12 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h23 por Jennifer Detlinger


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O primeiro tratamento minimamente eficaz contra hepatite C chegou aos pacientes somente em 1993. Essa infecção crônica atinge mais de 71 milhões de pessoas — 700 mil delas no Brasil — e causa 400 mil mortes por ano no mundo.

Mas os avanços da medicina mostram que até 2030, é possível que o Brasil e o mundo consigam conter a hepatite C. Uma novidade é o medicamento Harvoni, da farmacêutica Gilead Sciences, que garante uma taxa de cura de até 99%.

Antes aprovado apenas para pacientes adultos, o remédio foi liberado neste mês pela Anvisa para o tratamento também em crianças a partir de 12 anos de idade ou com mais de 35 quilos.

“A grande vantagem desse tratamento é a eficácia e facilidade. A criança precisa tomar apenas um comprimido por dia durante doze semanas para ter um resultado positivo”, explica Eric Bassetti, gastroenterologista e gerente médico da Gilead, pai Luisa e Matheus.

Prova disso é um estudo publicado em 2017 pela principal revista médica de hepatologia — a Hepatology – da Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado (AASLD). A pesquisa foi feita na Austrália e nos Estados Unidos com cem crianças usando o Harvoni. Dessas, 98 ficaram curadas após o tratamento. “Como o acompanhamento dessas outras duas crianças foi perdido, então podemos considerar que o tratamento teve sucesso de 100%”, completa o especialista.

“Os outros tratamentos têm períodos muito prolongados, com injeções semanais, o que é desconfortável para a criança, e taxa de cura em torno de apenas 40%”, explica Eric. Entre os benefícios do remédio, a criança tem alta logo depois que alcança a cura, além da comodidade dos pacientes: é o primeiro comprimido único diário para as infecções causadas pelo genótipo 1 dessa doença, que acomete 70% dos pacientes.

Os tipos de hepatites 

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C.  Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Acredita-se que no Brasil milhões de pessoas são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. E é aqui que mora o perigo: elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante levar seu filho ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite. Pela sua importância, a detecção da hepatite por testes é disponibilizada pelo Ministério da Saúde desde agosto de 2011 no Sistema único de Saúde (SUS). “É um teste rápido, feito com apenas uma gotinha de sangue, que dura de 15 a 20 minutos”, explica o especialista.

Doença silenciosa

Um dos grandes desafios é identificar quem tem a doença, mas desconhece sua condição, já que ela pode ficar silenciosa por décadas e é assintomática. A infecção pelos vírus da hepatite C é transmitida basicamente pelo sangue:

– Transmissão sanguínea: prática de sexo desprotegido, compartilhamento de seringas, agulhas,lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D);

– Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B, C e D).

No caso das crianças, a transmissão vertical é uma das principais causas de infecção, em que a parte da mãe para o feto no útero ou recém-nascido durante o parto. O especialista orienta que as mães com o vírus podem amamentar os filhos. “A transmissão oral é infrequente, já que não existem provas de que o vírus é transmitido pelo leite”. O único cuidado que você deve tomar é com as fissuras, sangramentos e lesões na boca do recém-nascido durante o aleitamento. 

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