Família

“Nós não escolhemos, fomos escolhidos”, diz casal sobre a adoção do filho

Arquivo pessoal

Publicado em 13/08/2018, às 16h33 - Atualizado em 28/06/2021, às 12h07 por Jennifer Detlinger


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Thiago Eubanque, de 34 anos, e Fernando Henrique Miranda, de 30 anos, realizaram o sonho da paternidade por meio da adoção. Juntos há 10 anos e após um processo de dois anos na fila da adoção, eles se tornaram pais de Victor Hugo e provaram que o mais importante em uma família é sempre o amor. Vem conhecer essa história:

“Cinco de abril de 2016. Para muitos, uma data comum. Para nós, o dia em que a porta da nossa vida se abriu. Depois de dois anos de gestação ele chegou, abriu a porta e deu um abraço de perna que, de longe, foi o melhor do mundo e nos deu uma das maiores certezas da nossa vida. Era ele. É ele. E dali em diante, sabíamos que nada seria igual, tudo mudaria – apesar de clichê – para melhor.

Foram 24 meses de gestação e quase duas semanas em trabalho de parto, com tudo pronto à espera de um sonho que estava prestes a ser realizado: a chegada do nosso filho. Nos disseram que quando ele chegasse, receberíamos um telefonema para ir vê-lo. Ainda nem sabíamos quem seria, mas ficamos como participantes do Big Brother quando estão esperando um Big Fone. Sim. Bem isso mesmo. Dias de espera e muita ansiedade envolvidas. O telefone tocou, fomos correndo para vê-lo… Ele não estava lá. Passaram-se dias, feriados, fins de semana; até que chegou o grande dia. A porta se abriu. Ele, apesar de pequeno em tamanho, abriu a porta para nós e deu o maior abraço que já recebemos. Indescritível é tudo que ficou desse abraço.

Thiago e Fernando realizaram o sonho da paternidade a partir da adoção (Foto: Arquivo pessoal)

Ficamos noites em claro admirando seu rostinho e supervisionando sua respiração, para checar se aquilo era mesmo real. Se o sonho realmente estava acontecendo. Família. Agora, muitas coisas clichês poderiam entrar aqui como grandes verdades, mas a única que deixo é: a melhor decisão que tomei na vida chegou no dia 5 de abril de 2016, abrindo a porta, abraçando minha perna e tomando conta de dois corações que serão para sempre dele: os papais do Victor Hugo.

A única coisa que eu pensei quando estava escrevendo este texto foi: ‘A gente não seria nada, se não fosse por ele’. Temos muita gratidão pelo Victor Hugo ter vindo ao mundo e colorido a nossa vida.

Nossa rotina é como de uma família normal. Nós recolhemos os brinquedos que ficam espalhados pela casa o tempo todo. Acordamos sempre às 5:30 ao som de “Fazendinha”, do Mundo Bita, e o Victor já entra no quarto cantando. E quando ele não acorda primeiro, é a nossa vez de ir acordar ele também ao som de fazendinha!

Os pais de primeira viagem reforçam que não escolheram Victor, mas mas foram escolhidos por ele (Foto: Arquivo pessoal)

Depois do Victor ir para a escola e nós irmos para o trabalho, chegamos em casa e sempre conversamos para saber como foi o dia de todos. Ficamos sempre muito curiosos para saber o que ele aprendeu — e o Victor adora ficar contando para nós sobre seu dia. A criação do dia a dia é com a gente mesmo, mas é claro que as avós estão sempre por perto para dar aquela ajuda básica.

Depois de 10 anos juntos, ganhamos o presente sensacional da paternidade. Nós não escolhemos, mas fomos escolhidos.”


Palavras-chave
Família Adoção pai relato

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