Criança

No Dia das Crianças, apenas 3% das bonecas à venda em lojas virtuais no país são negras

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Publicado em 30/09/2016, às 09h20 por Redação Pais&Filhos


O Dia das Crianças está bem próximo, mas nem todas as garotinhas negras poderão ganhar uma boneca onde se “enxerguem”. A questão da representatividade negra na mídia tem sido debatida país afora. Atrizes negras, modelos negras, jornalistas negras. Black is beautiful! Mas parece que o mercado de brinquedos ainda não acordou para essa necessidade também nas prateleiras das lojas.

Às vésperas do Dia das Crianças, a ONG Avante, de Salvador, que promove a campanha Cadê nossa boneca?, divulgou um levantamento, feito nos sites das maiores fabricantes de brinquedos do Brasil, sobre a oferta de bonecas de pele escura disponíveis no país. De um total de 1.945 modelos de bonecas encontradas, apenas 131 são negras.

Inicialmente foram consultadas as 31 principais empresas fabricantes do setor. Dessas, apenas 16 possuem bonecas negras no seu portfólio, e dos que fabricam bonecas negras, a proporção em relação a bonecas brancas é bem reduzida.

Milk foi o fabricantes que apresentou o maior número de bonecas negras em seu site: 72 modelos, entre 475 que fabrica. Já os que registram maiores porcentagens foram Miele, com 25% dos modelos em bonecas negras, seguido por Sideral, com 23%, e Milk, com 15%.

A etapa seguinte da pesquisa foi levantar, dentre os principais revendedores online de brinquedos, a quantidade de bonecas negras disponíveis para compra. Três sites de e-commerce foram analisados: Americanas.com, Walmart.com e Ri Happy; e a proporção foi ainda menor. Em média, não mais que 3% das bonecas disponíveis para compra são de pele escura.

Dados do IBGE apontam que negros e pardos representam 53,6% da população brasileira. Mas ainda assim, as bonecas brancas dominam os portfólios dos fabricantes em 95%

Cadê nossa boneca?

A campanha Cadê nossa boneca?, com atualmente cerca de 400 mil seguidores sua perfil do Facebook, foi lançada em abril com o objetivo de questionar os padrões estéticos e a representatividade negra na infância.

“Mudanças sutis como esta são um grande passo na construção de uma sociedade que respeita e aceita suas diferenças raciais, contribuindo assim para que haja diminuição do preconceito, além de elevar a autoestima das crianças, que passarão a ver a si mesmas representadas nos brinquedos”, afirma Mylene Alves, coordenadora da campanha, em entrevista ao HuffPost Brasil.


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