Família

“Não dei à luz ao meu filho, mas eu sou sua mãe. Sou real!”

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Publicado em 11/05/2018, às 12h52 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h19 por Gabrielle Molento


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Porque temos que usar o termo filhos adotivos? Sandra Bullock, mãe de Louis de oito anos e Laila de seis anos, trouxe à tona esse tema em entrevista para a revista “In Style”. “Vamos nos referir a essas crianças apenas como ‘nossos filhos’. Não diga ‘meu filho adotivo’. Ninguém chama uma criança de ‘filho de fertilização’ ou meu ‘oh, droga, fui ao bar e fiquei grávida por acidente’. Vamos apenas dizer ‘nossos filhos’”, disse a atriz.

E nós não poderíamos concordar mais com esse ideal! Filho é filho… Independente da forma como a família foi construída. Por isso, achamos esse relato feito por uma mãe à Popsugar maravilhoso. Olha só:

“Meu filho escutou em sua vida, muitas vezes, algo sobre mim – algo que é dito a crianças adotadas desde que eu me lembro: que eu não sou a mãe ‘de verdade’ dele. Um dia quando ele estava na primeira série, ele chorou o caminho todo da escola até em casa depois de ouvir isso. Eu tentei não me incomodar, lembrando a mim mesma que a maior parte das crianças não é intencionalmente cruel. Eles apenas não entendem.

Perguntar a alguém adotado sobre seus ‘pais verdadeiros’, ou dizer que os seus pais não são seus ‘pais de verdade’ pode ser uma maneira fácil de explicar adoção, mas não é preciso. Pais adotivos são sim os verdadeiros pais daquela criança, não importa a forma que você olhe para isso. Nós somos quem dá beijinhos em seus machucados, torcemos por eles em eventos esportivos, marcamos horário nos médicos, trocamos as fraldas, limpamos o vômito e enchemos eles com mais beijos e abraços do que eles conseguem aguentar. Essas são as coisas que ‘pais de verdade’ fazem e essas crianças são 100% nossas. Meu filho é 100% meu!

A maior parte do tempo, crianças adotadas escutam esse tipo de comentários de outras crianças. Meu filho já escutou isso de vizinhos, crianças da escola e até mesmo de seus próprios primos. E como as crianças geralmente repetem o que eles escutam ou o que dizem para eles, todo o pai, no geral, precisa educar seu filho que não é porque a criança não saiu da barriga da mãe que ele é menos filho dessa mãe, de forma alguma.  Famílias são formadas de muitas formas diferentes e nenhuma forma é melhor ou mais válida do que a outra.

Muitas crianças adotadas também são inseguras sobre o seu ‘status’ em sua casa. Alguns, como o meu filho, foram adotados fora do sistema de assistência social, então eles são ainda mais sensíveis à dinâmica da família. Meu filho também sempre achou que eu ia deixar ele ou devolver ele, então ouvir que eu não era sua ‘mãe de verdade’ era especialmente angustiante para ele. Agora com 14 anos, ele consegue lidar com isso com o mínimo de aborrecimento, mas eu ainda espero que ele nunca escute isso novamente.

Adoção significa apenas que aquela criança teve mais do que um par de pais e que todos aqueles pais são reais. Eu não dei a luz ao meu filho, mas eu sou sua mãe. Eu sou real.”

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Palavras-chave
Adoção filhos relato de mãe

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