Publicado em 15/09/2020, às 18h54 - Atualizado às 18h54 por Maria Laura Saraiva, Filha de Laise e Carlos
Um adolescente de 13 anos não sobreviveu após contrair uma ameba que é conhecida como comedora de cérebro. O menino vivia nos Estados Unidos e tinha viajado para a Flórida recentemente, para acampar. Segundo a CBS News, o garoto frequentou um parque aquáticoe um lago durante o período, justamente os locais onde esse protozoário costuma viver.
A ameba é denominada Naegleria fowleri. A espécie não precisa de hospedeiros para sobreviver e se aloja em águas mornas e quentes. Quando entra em humanos, o protozoário penetra pelo nariz e chega até o cérebro através dos canais nasais. Os indivíduos infectados costumam não resistir a contaminação.
Segundo o médico infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia, Leonardo Weissmann, em entrevista a UOL, a infecção é rara e os sinais da presença da ameba no corpo costumam aparecer em 24 horas. “Normalmente, os primeiros sinais aparecem em um dia, mas podem demorar ainda cinco dias para se manifestar”, diz.
Uma menina de 10 anos já havia sido infectada nos Estados Unidos este ano pelo mesmo protozoário e também não resistiu. Ela não teve a identidade divulgada e segundo a equipe médica havia nadado em um rio recentemente. De acordo Leonardo Weissmann, não há como prevenir o problema e o melhor cuidado a se tomar é evitar o contato com locais de água quente, como rios e lagos.
Após uma pessoa ser contaminada pela ameba “comedora de cérebro”, na Flórida, nos Estados Unidos, em julho deste ano, as autoridades de saúde locais ficaram em alerta com o caso raro. Segundo informações do G1, o Departamento de Saúde afirmou que a ameba foi contraída no condado de Hillsborough.
A infecção, chamada de meningoencefalite amebiana primária, apesar de ser mais comum nos Estados Unidos é rara. Desde 1962 a Flórida registrou 37 casos. Com consequências consideradas fatais, no dia 3 de julho de 2020 foi emitido um alerta para os moradores de Hillsborough, que pedia para evitar o contato da água encanada e de outras fontes com o nariz. Isso pode incluir lagos, rios e canais, onde a contaminação é mais comum por causa da temperatura quente nos meses de julho, agosto e setembro.
Os contaminados com a doença apresentam sintomas como febre, náusea, vômito, rigidez na nuca e principalmente dores de cabeça. Infelizmente, a maioria das pessoas podem chegar à óbito em apenas uma semana. O órgão de saúde pediu ainda para que qualquer pessoa que apresente estes sintomas procure imediatamente um hospital.
“Lembre-se de que essa doença é rara e estratégias eficazes de prevenção podem permitir banhar-se de forma segura e relaxante durante o verão”. É recomendado ainda que ao nadar, manter-se a água distante do nariz e sempre o cobrir com as mãos.
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