Médica volta para casa após morar 1 ano em trailer para proteger a família da covid-19

Por estarem na linha de frente para combater o coronavírus, muitos profissionais da saúde tiveram que fazer mudanças drásticas nas vidas para salvar a vida das próprias famílias. Como no caso da médica Tiffany Osborn, que finalmente voltou para casa após morar em um trailer durante um ano.

Tiffany tomou a decisão de morar em um trailer em março de 2020, para não colocar em risco o marido e os dois filhos, já que trabalha na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Barnes-Jewish na cidade de St. Louis (Estados Unidos), tratando pacientes infectados com a covid-19.

A Dra. Osborn, que também é professora de cirurgia e medicina de emergência na Universidade de Washington, disse que quando se mudou, ela nunca pensou que passaria 1 ano morando longe da família. “É lamentável que os Estados Unidos tenham sido um dos países mais atingidos por esta doença”, disse a médica à CNN.

Agora, para alegria da família, a Dra. Osborn voltou a conviver com a família após receber a vacinano final de março. Apesar de considerar que o risco tenha diminuído, ela continua mantendo os métodos de proteção exigidos pela profissão.

“Quando chego em casa, deixo meus sapatos na garagem. Eu tenho uma área onde eu tiro a roupa, visto um robe e tomo banho”, explica. Ela ainda acrescentou: “Sentimos que a combinação da vacina com as medidas de precauções, diminuiu o risco para minha família”.

Ela diz que está grata por retornar de forma segura para a família. “Sentimo-nos abençoados por ter voltado para casa, para minha família, principalmente pelo fato de que muitas pessoas não voltaram para casa com os entes queridos”, afirmou.

Por outro lado, a Dra. Osborn destacou ter tido sorte porque ela e o marido economizaram dinheiro que os ajudou a comprar o trailer onde ela morou durante o tempo separada da família. E embora tenha recebido algumas visitas do marido e dos filhos, após fazer testes do coronavírus e tomar medidas de segurança, ela disse que era muito difícil vê-los de longe e conviver com a incerteza de não saber quando tudo acabaria.