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Mariana Goldfarb fala sobre decisão de congelar óvulos: “Não abro mão de ser mãe”

Mariana Goldfarb fala sobre congelamento de óvulos - reprodução Instagram / @cauareymond
reprodução Instagram / @cauareymond

Publicado em 20/12/2022, às 14h00 - Atualizado às 15h20 por Redação Pais&Filhos


Nesta terça-feira, dia 20 de dezembro, a esposa do ator Cauã Reymond, Mariana Goldfarb, de 31 anos, falou sobre sua decisão de congelar óvulos. A modelo e apresentadora, comentou no último episódio a de seu podcast, C/Alma, que ela não abre mão de ser mãe e disse como os hormônios afetam seu humor.

Mariana Goldfarb grava stories enquanto Sofia brinca no fundo
Mariana Goldfarb fala sobre congelamento de óvulos (Foto: reprodução Instagram / @cauareymond)

“É uma delícia porque dá liberdade e autonomia. Não abro mão de ser mãe. Acho que todas as mulheres deveriam congelar. Acho que quanto mais nova congelar, melhor é. Se eu pudesse, teria congelado antes. Não é doloroso”, contou ela. Além disso, ela também comentou sobre a possibilidade de ter gêmeos com o processo de fertilização: “Acho que não dou conta”.

Mariana também aproveitou o bate-papo para explicar o porquê ela precisa tomar injeções diárias de hormônio. “Você toma hormônios para seu corpo fabricar muitos óvulos e você retirá-los. Isso varia de mulher para mulher, mas mexe muito com a nossa cabeça. Eu fiquei muito sensível, irritada e só chorava. Falava ‘filho da p*ta’ pra todo mundo. Se tiver que fazer outro ciclo, vou fazer. Se eu quiser ser mãe com 45, vou poder e ter mais chance. Por que não fazer?”, argumentou.

Congelamento de óvulos: o que é, como funciona e para quem é indicado

Só de pensar em ser mãe os olhos de muitas mulheres brilham. Mas é preciso concordar que cada uma tem seu tempo e, por mais que a maternidade seja um sonho, talvez agora não seja o momento certo. O problema é que o corpo envelhece e, com o passar dos anos, pode ficar mais difícil engravidar e os risco aumentam. Uma opção para esse dilema é o congelamento de óvulos. A gente te ensina como não entrar numa fria.

A descoberta foi feita na Espanha  (Foto: Getty Images)

A especialista em reprodução humana Ana Lucia Beltrame, mãe de Rafael e Guilherme, conta que a técnica de congelamento melhorou muito nas últimas três décadas. Ela atribui o aumento das realizações bem sucedidas à mudança na técnica do congelamento, que passou a ser a vitrificação.  “O  procedimento possibilita que o congelamento aconteça de forma ágil. Isso impede que se formem cristais de gelo que rompem e danificam o óvulo”.  A técnica vem sendo utilizada de cinco anos para cá e garante uma sobrevida de 80% a 90% dos óvulos após o descongelamento.

Quem faz

A vitrificação é indicada para mulheres que têm idade superior a 35 anos; as que têm histórico de menopausa precoce na família; para as que passarão por quimioterapia ou radioterapia; as que desejam conservar sua fertilidade; e para casais que obtiveram óvulos em excesso durante um processo de fertilização in vitro.

Como funciona

O processo é feito em duas etapas. Primeiro é induzida a ovulação por meio de aplicação de medicação. Essa etapa dura de 9 a 11 dias. Em seguida é feita a coleta do óvulo. “Por meio do ultrassom, eu consigo visualizar os folículos dos ovários. Pela medida do folículo, vejo quando o óvulo está maduro”. Isso indica que o folículo pode ser extraído. A coletagem do folículo é feita por meio de um procedimento realizado em ambiente cirúrgico, com sedação venosa e que dura em torno de 15 minutos”.

Não existe uma idade máxima para a mulher realizar o congelamento, mas é importante ressaltar que passar pelo procedimento depois dos 40 anos vai resultar em um óvulo mais velho, que pode não se tornar um embrião. “Uma boa faixa etária para ‘guardar’ o óvulo seria abaixo dos 35 anos. Quando a mulher congela o óvulo com mais de 40, há somente 10% de chance de a fertilização dar certo”, finaliza.

Riscos

De acordo com o presidente do Instituto Ideia Fértil e professor responsável pelo setor de genética e reprodução humana da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Caio Parente Barbosa, de 3% a 5% das mulheres que são submetidas à fertilização podem ter síndrome da hiperestimulação ovariana.

“Normalmente em um ciclo menstrual fisiológico o organismo da mulher libera um óvulo. Quando a mulher é submetida ao processo de indução, chega a produzir de 15 a 20 óvulos. Para que os óvulos sejam liberados de dentro dos folículos, os vasos sanguíneos liberam substâncias que rompem as paredes desses folículos. Como a produção de óvulos está acima da média, a quantidade de substâncias também aumenta e podem vazar para dentro do abdômen e do tórax”, alerta.

Os principais sintomas são desconforto abdominal, dificuldade de respirar e aumento da circunferência abdominal. “Se não for tratada de forma correta, a hiperestimulação pode causar risco de morte”, ressalta.

Barbosa diz, no entanto, que existem medicamentos que diminuem e formação de líquido. Por isso é importante o acompanhamento constante de um profissional durante todas as etapas do procedimento.

Confira tudo o que rolou no 14º Seminário Internacional Pais&Filhos


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