Publicado em 01/05/2021, às 13h21 - Atualizado às 13h22 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
Lorena Pequeno, de 34 anos, passou por uma grande história de superação com o filho. Quando estava com sete meses de gestação, ela foi diagnosticada com covid-19, chegou a ser intubada com 100% dos pulmões comprometidos, e passou por uma cesariana de emergência no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), no Distrito Federal.
Foram 22 dias de espera para que ela pudesse ver e tocar o filho pela primeira vez após o parto, em um momento cheio de emoção, que foi registrado em vídeo pelos profissionais de saúde. Segundo reportagem da Agência Brasília, a mãe ficou inconsciente durante 24 dias e a grave situação exigiu que o parto ocorresse sem que o bebê completasse as 40 semanas de gestação. Com sete meses,foi necessário fazer um parto de emergência. A mãe, que estava intubada, nem sequer sabia que seu filho já tinha nascido quando acordou.
“Vocês dois são muito guerreiros, os dois lutaram bravamente”, disse a pediatra Daniela Carla Gomes, uma das responsáveis pelo menino, durante a gravação do vídeo que ajudou a organizar. Com o filho nos braços, Lorena chora e agradece a Deus pela vida dos dois: “É lindo, o meu bebê”.
“Quando eu acordei nem sabia que tinham feito a cesárea. Depois que me disseram sobre o parto, eu já quis logo ver meu filho”, contou em entrevista à Agência Brasília. “O encontro foi emocionante, muito lindo e maravilhoso. Foram anjos que cuidaram de mim. Eu só tenho a agradecer a todos eles”, acrescentou, agradecendo aos profissionais de saúde que cuidaram dela e de Rafael.
Lorena afirma que não sabe como foi infectada pelo novo coronavírus. Ela trabalha como secretária e estava em trabalho remoto, porém, o marido e o filho dele precisavam sair de casa. “Tive pneumonia quando tinha 4 meses, nos dois pulmões. Por conta da falta de ar que a Covid dá, fiquei com medo. Tanto que até agora eu ainda sinto um pouquinho de falta de ar”, contou em entrevista ao G1.
Ela foi internada em estado grave e ficou intubada por quase 20 dias. Os médicos decidiram fazer o parto, no dia 29 de março, porque tanto mãe quanto filho corriam risco de morte, e a equipe queria salvar a vida de pelo menos um deles. “Como eu estava intubada, não sabia de nada. Quando acordei, nem sabia que tinham feito a cirurgia. Tem muita coisa que ainda não sei, estou aprendendo, as pessoas estão me contando como foi.”
Rafael Pequeno nasceu livre da covid-19, mas prematura, em estado grave e com batimentos cardíacos lentos. Por isso, precisou ser reanimado e intubado na própria sala de cesárea. Agora, mãe e filho já receberam alta da UTI, mais ainda seguem em observação pelos médicos.
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