Publicado em 04/09/2023, às 14h12 por Beatriz Rodriguez, filha de Rogeria e Walter
Nesta segunda-feira, dia 04 de setembro, Angelita Miguel da Silva, de 45 anos, deu uma entrevista para o UOL sobre a morte de sua filha, Renata Miguel da Silva. A adolescente, de 15 anos, foi aliciada pelos donos de um salão de beleza e teria sido obrigada a ingerir drogas. De acordo com o laudo do IML (Instituto Médico Legal), ela faleceu devido a uma overdose. O caso aconteceu, em 2013, em Mauá, na Grande São Paulo.
Na entrevista, a mãe de Renata contou que deixou a filha ir sozinha para um salão, mas que a filha nunca voltou para a casa. Na época, ela disse que recebeu uma ligação da filha no dia de seu desaparecimento, dizendo que ela estaria em um local desconhecido. Mas a ligação teria sido desligada pelo suposto criminoso após o breve relato da menina.
Angelita falou que perdoou os supostos criminosos e que procura seguir em frente com a sua vida. Em 2019, Roseane Carla dos Santos Silva e José Nilson da Costa, foram para júri popular e foram penalizados com 16 anos de prisão.
“Era dia 1º de novembro de 2013, uma sexta-feira. Naquela tarde, a Renata me pediu para ir ao salão de beleza fazer luzes no cabelo já que no dia seguinte tínhamos um evento da igreja e depois ela iria em uma festa de halloween com os amigos”, contou a mãe.
“Como o salão era perto do apartamento em que a gente morava, em Mauá (SP), eu deixei ela ir sem medo.Fazia pouco tempo que tínhamos conquistado o sonho de comprar o nosso apartamento e nos mudado para o bairro. A Renata estava muito feliz porque tinha ganhado um quarto só para ela”, acrescentou a mulher.
Ela disse que não conhecia o salão nem os donos do estabelecimento, porém a sua filha já tinha cortado o cabelo uma vez no local. “Enquanto ela fazia o procedimento no cabelo, ela me mandou várias mensagens no celular, empolgada, dizendo que a dona do salão havia oferecido um trabalho para ela. Seria para a Renata trabalhar de manicure no salão e, assim, ganhar o seu próprio dinheiro. A minha filha sabia fazer unha muito bem”, ela falou.
Angelita combinou de conversar sobre a proposta profissional com a filha em casa. “Ficamos nos falando pelo celular e depois de um tempo ela me ligou dizendo que a cabeleireira e o marido haviam a levado para um lugar e ela não sabia onde estava. Naquele momento, a Roseane pegou o celular da minha filha e disse para eu ficar tranquila que ela já iria levar a Renata para casa. Ela desligou a ligação e o aparelho celular. Foi a última vez que falei com a minha filha”, relatou a mãe.
Após a ligação, ela disse que registrou um boletim de ocorrência na polícia. “Dois dias depois do desaparecimento, após muito andar pelo bairro, mostrando a foto da Renata e dos suspeitos para os moradores, encontrei a casa onde Roseane e José Nilson moravam e fui até lá. Quando cheguei, senti que a minha filha estava ali dentro e sentia que ela estava morta. Intuição de mãe. Fiz vigília na casa da suspeita até que achassem o corpo da minha filha”, contou a mulher.
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