Publicado em 02/07/2020, às 09h40 - Atualizado às 10h32 por Cinthia Jardim
Após compartilhar uma foto tomando banho com o filho Arthur, de quatro anos, Kelly Key recebeu uma enxurrada de críticas por publicar o momento nas redes sociais (veja a foto abaixo). Assim que a imagem começou a repercutir de maneira negativa e viralizar, a cantora rebateu os comentários e se mostrou incomodada.
Alguns internautas chegaram a dizer: “Ficar sem roupa na frente do filho? Misericórdia!”. Já os fãs da cantora, a apoiaram e saíram em defesa: “Não tem nada demais. Pessoas são maldosas, não enxergam mais o amor presente na vida dos filhos“. Em seguida, Kelly respondeu um dos comentários, dizendo o que pensa. “A internet está tóxica”.
Os especialistas explicam que se o hábito existir, deve ter data e idade para parar. Para a psicóloga e pedagoga Betty Monteiro, mãe de Samuel, Tarsila e Francisco, é preciso impor limites, pois isso pode ser perigoso no desenvolvimento da criança: “Não existe nenhuma norma contra ou que desaconselha a tomar banho com os filhos até 4 anos. É legal o contato corporal e ajuda a criança a perceber que ela é uma pessoa, a mãe é outra e o pai é outro. As contraindicações começam após essa idade, porque pode acontecer da criança começar a despertar uma certa sexualidade”, explicou em uma conversa com a Pais&Filhos.
A partir dos seis anos de idade, a própria criança começa a se sentir incomodada com o momento: “Ela mesma começa a ficar com vergonha e incômodo de se trocar na frente dos pais, tomar banho”, reforça. Por isso, ela destaca a importância de pedir licença: “Se os meus netos estão comigo e de repente preciso fazer uma supervisão do banho, tendo que tocá-los, eu peço licença. É uma questão de respeito”.
A psicóloga e psicanalista Vera Iaconelli, mãe de Gabriela e Mariana, vai além e enfatiza que a palavra-chave é coerência. Há a necessidade de estabelecer fronteiras, de ambos os lados. Ela entende que o “meu corpo, minhas regras” começa no berço.
“Os pais não podem tocar do jeito que quiserem e fazer como quiserem, assim como os filhos também não podem fazer tudo do jeito e como quiserem”, explica. Segundo Vera, a própria criança vai denunciando essa relação se for excessiva. Além disso, se você decidir tomar banho com os filhos, esteja preparado para aquelas perguntas difíceis de responder aos filhos. “Se você apresenta o seu corpo nu para a criança, na nossa cultura, ela vai fazer perguntas sobre a diferença e você precisa responder: ‘Existem homens, existem mulheres e existem diferenças no corpo’”, exemplifica. O assunto não pode ser visto como tabu dentro de casa, porque esse silêncio pode gerar confusão.
“Essa é a questão, se houver pudor em relação a falar do próprio corpo, então porque expô-lo?”, questiona e completa: “Quando a gente oferece esse tipo de experiência, precisamos ser coerentes de sustentar tudo o que decorre daí”. Segundo ela, essa base define qual experiência queremos oferecer a criança estar no mundo, mas principalmente, na nossa sociedade.
A polêmica
Na noite desta última terça-feira, 30 de junho, a cantora Kelly Key publicou uma foto com o filho caçula, Arthur e o cachorro de estimação, Tuca, durante o banho. Ao compartilhar o momento íntimo, diversos seguidores se mostraram incomodados com a situação.
Na legenda, Kelly compartilhou apenas uma série de emojis descrevendo os três. Apesar de receber apoio de alguns fãs, outros internautas não aprovaram o registro. “Amo suas fotos mas achei a postagem um pouco exagerada. Seu banho é sua intimidade, expor você e seu filho é demais, me perdoe a intromissão”, escreveu uma seguidora. “Expor você e seu filho é demais”, completou outra
Quais são os cuidados?
O nosso colunista e pediatra, Dr. Claudio Len, pai de Silvia, Beatriz e Fernando, explica que é importante ter alguns cuidados caso você tenha este costume em casa. “Desde que tenha uma higiene, água corrente limpa, no chuveiro, não vejo problema. Se for na banheira, é mais complicado, porque é compartilhado”, afirma.
Sobre a idade da criança, ele ainda faz um alerta: “Criança pequena até uns 5/6 anos tudo bem, depois vai crescendo e fica mais complicado. Não é tão comum para pré-adolescentes ou adolescentes”. Ainda de acordo com o pediatra, a percepção das diferenças corporais começam entre os sete ou oito anos de idade e por isso, é muito importante dar espaço para que as crianças possam se desenvolverem sozinhas.
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