Publicado em 21/02/2022, às 15h08 por Redação Pais&Filhos
Karol Conká contou em live exclusiva com a Pais&Filhos que teria sofrido uma séria de violências obstétricas durante o parto do filho, Jorge, hoje com 16 anos.
Na entrevista, ela relatou algumas dificuldades que passou durante a gestação e relembrou o momento do parto. “Não foi nada tranquilo. Eu tive 12 horas de trabalho de parto, desde a hora em que a bolsa estourou até meu filho nascer. Eu fiquei sem comer nada.
Segundo Karol, a equipe médica teria amarrado suas pernas para que ela tivesse mais abertura na hora do parto. “Na hora de ter o filho, eu tive ele amarrada. Eu não abria as pernas por causa de pânico”, contou a rapper.
Além disso, Karol teria sido vítima de outra violência obstétrica, em que a barriga da mulher é empurrada durante o trabalho de parto. “Eu estava amarrada, com o peito para fora e a enfermeira em cima empurrando minha barriga. E aí, meu filho nasceu. E eu pensei: ‘Nunca mais eu quero isso'”, relatou. Para assistir à live completa, clique AQUI.
Essa técnica é conhecida como Manobra de Kristeller. Mesmo sendo contraindicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o procedimento ainda é realizado por obstetras durante o parto.
Durante o trabalho de parto, é fundamental respeitar o tempo do mãe e do bebê. Acelerar o parto com procedimentos como a manobra de Kristeller é uma forma de violência obstétrica e faz parte de uma série de condutas que não devem ser realizadas. “A realização de procedimentos médicos não autorizados pela paciente, violação de privacidade, recusa em administrar analgésicos, violência física, entre outras coisas são atitudes criminosas”, explica a ginecologista e obstetra especialista pela FEBRASGO, Karina Tafner, mãe de Marina.
A manobra de Kristeller é uma técnica realizada com o objetivo de acelerar o trabalho de parto, em que é realizada pressão externa sobre o útero da mulher – ou seja, a barriga é empurrada pela equipe responsável no trabalho de parto. O procedimento já foi proibido em vários países do mundo e banido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esse procedimento não foi banido por organizações de saúde à toa. Ele pode causar sérios danos para mãe e bebê e dependendo da forma que é feito, os danos podem ser ainda mais sérios. A enfermeira obstetra Cinthia Calsinski, mãe de Matheus, Bianca e Carolina conta que dentre os principais riscos deste procedimento, estão:
Para Isis Quaresma, mãe de Lucas, ginecologista e obstetra pela Febrasgo, a mulher pode se defender se o médico realizar esse procedimento sem autorização. “Ela pode se recusar e pedir que o médico pare de fazer aquela manobra, caso ela tenha adquirido essa informação no pré-natal. E um segundo passo é denunciar o médico. Os principais canais são o próprio hospital, a OMS ou nos próprios canais de denúncia do plano de saúde ou da clínica escolhida”.
A manobra de Kristeller também está associada à maior taxa de realização de episiotomia, procedimento que também é realizado com o objetivo de facilitar o parto, considerado um tipo de violência obstétrica, uma vez que não existem evidências científicas que comprovem o seu benefício e expõe a mulher a muitos riscos.
A Organização Mundial da Saúde fez uma lista de possíveis violências no parto para que as gestantes e acompanhantes saibam identificar e combater nos hospitais e maternidades: abuso físico, abuso sexual, preconceito, discriminação, não cumprimento dos padrões profissionais de cuidado, mau relacionamento entre as gestantes e os profissionais e condições ruins do sistema de saúde.
No Brasil, dados mostram que 25% das mulheres já sofreram algum tipo de violência obstétrica. Sem saber, muitas mães já foram vítimas desse tipo de agressão, que pode ser física ou verbal, durante ou antes do parto. Independentemente do tempo que uma agressão possa ter acontecido, é fundamental denunciar e falar sobre o assunto. Desta maneira, outras mulheres ganham espaço para também expor os abusos e violências que tenham sofrido.
Casos de violência obstétrica podem ser denunciados pelo Disque 136, se o parto ocorreu em maternidade do SUS, ou pelo Disque 180, que recebe todos os tipos de denúncias de violência contra a mulher. O serviço está disponível 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. A ligação é gratuita. Tenha sempre a sua rede de apoio próxima para te ajudar a lidar com esse trauma que não deve ser menosprezado.
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