Publicado em 26/10/2021, às 09h01 por Pedro Pilon, filho de Valéria e Álvaro
Maria Júlia de Araújo, ou apenas Maju de Araújo, de 19 anos, é uma modelo linda e bem sucedida, mas afirma que desde criança, vem enfrentando muitos desafios. Além de ter que lidar com os preconceitos do dia a dia, já que possui Síndrome de Down.
“Quando você cresce sendo julgada, alvo de piadas e comentários cruéis, eventualmente pode se entristecer. É difícil crescer em meio a tanta maldade e ignorância. Mas eu tenho potenciais e limitações, eu sou diferente, mas não sou menos capaz que as outras pessoas. Até hoje, muita gente tenta me diminuir e afirmar que eu não mereço estar onde estou, mas sei que isso não é verdade”, disse.
“Eu e minha família investimos intensamente, buscando sobretudo uma formação profissional e de qualidade na área”, afirmou, dizendo que foi necessário muito foco para fazer uma carreira. “Me descobrir, não pela beleza exterior, mas pelo poder de influência e exemplo que o cargo traz, impactou a minha vida. Me tornei uma pessoa mais autoconfiante. E mais importante que uma sociedade reconhecendo uma pessoa com Síndrome de Down ocupando um cargo profissional, é o próprio autorreconhecimento”, contou.
“Tem coisas que é impossível de explicar. A sensação de pisar em uma passarela, na maior semana de moda do mundo, ser fotografada e observada e dividir espaço com outras grandes modelos poderia ser amedrontador. Mas nada se compara à sensação de gratidão, realização e felicidade que sinto fazendo o que amo. Basta dar o primeiro passo que a preocupação some. Me sinto gigante! É uma sensação de plenitude, é indescritível!”, comemorou.
“Sei que tenho limitações, mas elas não me impedem de viver uma vida plena. O que impede é o preconceito. E quando ele é presente na sua vida desde criança, há um risco de se crescer acreditando no que ele diz: ‘não existe lugar pra você aqui’. Mas desde que comecei a lutar pelo meu sonho percebi que existe um lugar sim pra mim, existe pra todo mundo”, diz. “Nada pode me limitar ou definir.”, diz a nova embaixadora da L’Oréal Paris, sendo a primeira pessoa com Síndrome de Down a integrar a equipe.
O sonho dela de virar modelo e andar nas passarelas começou com 16 anos, quando foi internada após o diagnóstico de meningite bacteriana. Depois de passar 10 dias em coma e quase ter os membros amputados, ao acordar ela olhou para a mãe e disse: “Eu vou ser Modelo”.
“Eu já sentia esse desejo (de ser modelo), mas em alguns momentos foi difícil acreditar que iria realizá-lo. Depois que você recebe um diagnóstico como o que eu recebi – com risco de óbito ou de sequelas graves como perda da audição, da visão –, você tem algumas opções: ser tomada pelo medo ou lutar pela vida”, ressalta. “Eu sentia que ainda tinha muito pela frente e que Deus estaria cuidando do meu destino. Mas também sabia que, se recebesse uma nova oportunidade, deveria agarrar essa chance. Foi isso que fiz”, concluiu Maju.
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