Uma nova imagem do submarino Titan, que sofreu uma implosão fatal durante uma expedição ao Titanic, foi revelada nesta segunda-feira, 16 de setembro. A imagem inédita mostra a cauda do submersível, que foi encontrada no fundo do oceano e confirma a tragédia que resultou na morte dos cinco passageiros a bordo. A revelação ocorreu no primeiro dia das audiências sobre o incidente, conduzidas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, que ainda está investigando as causas do acidente.
A imagem divulgada oferece um vislumbre crucial dos destroços do Titan, encontrados em 22 de junho de 2023, quatro dias após o desaparecimento do submarino. O achado foi feito por um veículo operado remotamente (ROV) da Pelagic Research Services 6000, que estava realizando uma busca intensiva no fundo do mar. De acordo com o relatório da Guarda Costeira, “No dia 22 de junho de 2023, às 10h50 (horário local), o ROV descobriu o cone de cauda traseiro e outros destroços do Titan no fundo do oceano. Esta descoberta levou à conclusão definitiva da perda catastrófica do submersível e à morte de todos os cinco tripulantes a bordo”.
As audiências sobre o acidente têm previsão para se estender até o final da próxima semana. Após o período de deliberações, a Guarda Costeira dos EUA emitirá um relatório abrangente com suas conclusões e recomendações para o governo dos Estados Unidos. O objetivo é entender completamente as circunstâncias que levaram à implosão e implementar medidas para evitar futuros incidentes semelhantes.
O submarino Titan, pertencente à empresa OceanGate, desapareceu no dia 18 de junho de 2023, enquanto realizava uma expedição para explorar os destroços do Titanic. A bordo estavam cinco pessoas, incluindo Richard Stockton Rush III, então diretor-executivo da OceanGate, um copiloto e três bilionários. A investigação revelou que o Titan implodiu a aproximadamente 3.350 metros de profundidade devido à pressão extrema, resultando na morte instantânea dos ocupante
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Durante as audiências, foram divulgados detalhes adicionais sobre o estado do Titan antes da implosão. A Guarda Costeira revelou que o submarino nunca foi inspecionado por técnicos externos à empresa fabricante, OceanGate. Além disso, o Titan foi exposto a condições adversas e fatores climáticos durante meses de armazenamento, o que pode ter contribuído para a deterioração de seu casco.
O diretor de investigações da Guarda Costeira, Jason Neubauer, expressou pesar pela tragédia e destacou a importância das investigações: “Não há palavras para aliviar a perda sofrida pelas famílias impactadas por este trágico incidente, mas esperamos que esta audiência ajude a lançar luz sobre a causa da tragédia e evitar que algo assim aconteça novamente”.
Além das revelações sobre o estado do submarino, as audiências também abordaram as últimas comunicações recebidas do Titan. A última mensagem enviada pelos tripulantes foi: “Está tudo bem aqui”. Essa mensagem foi transmitida por meio do sistema de comunicação entre o submarino e o centro de comando a bordo de um navio. Após o envio, as comunicações foram interrompidas, e logo depois, os esforços de busca revelaram os destroços do Titan a cerca de 3.600 metros abaixo da superfície.
A descoberta dos destroços e a subsequente confirmação da implosão levantam questões sobre a consciência dos tripulantes em relação ao problema iminente. Durante a operação de busca, foram detectados ruídos repetidos que alguns suspeitaram serem sinais de socorro dos ocupantes do Titan. No entanto, essa hipótese não foi confirmada, e os investigadores acreditam que os problemas provavelmente não foram detectados antes da implosão.
