Publicado em 07/06/2022, às 08h19 por Redação Pais&Filhos
O Rodrigo Medina Lopes, de 45 anos, tornou-se pai do Bruno Carneiro Lopes, de 11 anos. Na verdade, a relação entre os familiares já é de longa data, no entanto, faltava apenas a formalidade da inclusão de nomes no campo ‘filiação’, da certidão de nascimento da criança. No dia 20 de maio, o homem deixou uma câmera gravando escondida, enquanto ele dava a notícia sobre o novo documento ao garoto. No vídeo, o Bruno questiona: “Que nem o da mana?”. Referindo-se ao sobrenome de Rodrigo e da mãe já falecida.
Ao se deparar com o que tinha acabado de acontecer e com uma voz de choro, Bruno falou como sentia-se: “Quero ser que nem tu [Rodrigo]”. Na publicação feita no Instagram, o pai de Bruno contou como foi o processo de adoção do garoto. “Hoje saiu a certidão da adoção. Foi o dia mais feliz da minha vida. Esperamos 9 anos por isso. Registrei pra ele nunca esquecer desse momento só meu e dele. Conseguimos filho. Adotar é o maior amor. É amar e assumir um filho que nasceu pra mim… E não feito por mim. Te amo filho e não imagino minha vida sem você ao meu lado”, legendou.
De acordo com reportagem do g1, o Rodrigo foi casado com a Rejane Carneiro, com quem teve uma filha. Infelizmente, a mulher faleceu de câncer em 2013. Rodrigo já morava em São Paulo quando soube que a ex-esposa seria mãe solo de um menino de outro casamento. Sendo assim, passou a cuidar da própria filha e do novo filho de Rejane.
“Eu a aconselhei muito por telefone. Acompanhei desde o início, por isso tenho muita foto com ele no colo, fui eu que dei a primeira bicicletinha. Sempre fui o pai, mas era o ‘tio Rodrigo’. Ele chamava de titio. Quando ela descobriu o câncer, teve muita confiança em mim de cuidar dos dois, e peguei isso para mim. Sou o pai da Luana e vou ser o pai dele”, disse Rodrigo ao jornal.
O casal se conheceu em uma escola quando tinham apenas 14 anos e moravam em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O pai de Bruno diz que se recorda do momento em que a viu pela primeira vez de boné, e pensou: “Essa vai ser a mulher da minha vida, a gente vai casar e ter um filho”. Aos 18 anos, eles foram morar juntos e tiveram a Luana. Porém, aos 30 anos, Rodrigo e Rejane se separaram.
“Eu digo até hoje que ela é o grande amor da minha vida e vai ser a vida toda. Podem aparecer outras pessoas, mas ela foi o amor da minha vida, tanto é que a gente ficou até o fim juntos”, afirma.
Após se separarem, o ex-casal manteve contato por serem pais em conjunto de uma mulher e pela relação de amizade. Rejane então contou o desejo de ter um menino, e queria que o Rodrigo fosse o pai. Mas dada a situação, isso não foi possível e a ideia foi abandonada. Momento depois, a Rejane engravidou de um breve relacionamento com outro homem, o qual não quis assumir a paternidade. A partir dali, foi o Rodrigo quem passou a ser presente nas vidas dela e dos filhos.
Outro momento foi quando o Bruno teve uma dermatite atópica e precisou ir ao hospital – e foi Rodrigo quem o acompanhou. “e ficou muito doente, ficou em carne viva. Ali bateu que eu ia cuidar e proteger esse menino. E não imaginava perder a mãe dele”.
O Bruno nasceu em dezembro de 2010 e, em agosto de 2011, a Rejane descobriu um câncer. O tumor no útero se desenvolveu junto à gravidez, fazendo com que a doença ficasse “camuflada”. A doença avançou muito rápido, e aos 35 anos, antes do filho completar três, a Rejane enfraqueceu e precisou ser colocada aos cuidados paliativos.
“No leito paliativo, ela disse que me amava muito, que nunca deixou de me amar, e que só iria em paz se o Bruno ficasse comigo. Chamou a mãe, as irmãs, e disse que se acontecesse alguma coisa com ela, que ele ficasse comigo, pra não separar irmão e irmã. ‘Conheço o cara que casei, sei o quanto ele cuidaria do Bruno'”, disse Rodrigo. Dois anos após o diagnóstico, a Rejane faleceu.
Após passar por todos os processos de adoção, sendo eles: entrevistas com assistentes sociais e psicólogos, encontro com pais e autorizações para viajar com a criança – Rodrigo conseguiu vencer uma batalha judicial de quase uma década. Ao entrar com o pedido para levar o garoto ao Rio de Janeiro, ele soube por uma funcionária do cartório que não seria mais necessário uma licença especial. Pois a adoção, enfim, havia saído.
“Eu liguei o pisca-alerta, botei a testa na direção e chorei. Nove anos se passaram na minha cabeça. Pensei na mãe dele”, relatou ao recordar-se do momento em que recebeu a notícia da adoção. “É o Bruno que me inspira. O Bruno é tranquilo, me ajuda. Às vezes ele pergunta se quero um café, diz ‘pai, descansa, come’. Convive toda a minha realidade. O presente é meu. Se alguém ganhou alguma coisa fui eu. Ele é muito especial”, finalizou.
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