Família

Filhos de ontem e de hoje: afinal, quais são as diferenças?

Publicado em 21/07/2015, às 14h21 - Atualizado às 14h22 por Adriana Cury


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Há vinte anos, havia mais segurança, menos violência, o acesso à internet era raro e quase ninguém tinha celular. As crianças podiam brincar na rua, ir a pé ou de bicicleta ao clube, ao cinema e para a casa dos amigos. A grande maioria dos pais conheciam os pais dos amigos dos filhos e todo mundo passava almoços e finais de semana juntos. Esse é o cenário no qual muitos de nós crescemos, um cenário que faz parte da nossa infância e das nossas lembranças.

“Desde 1995, o poder de compra do brasileiro aumentou, a tecnologia avançou e a globalização trouxe também o aumento da violência. É natural que essas transformações se reflitam na estrutura familiar e na educação dos filhos”, diz Cristiane Francisco Alves Lorga, psicóloga especialista em família no Instituto Terapia Sistêmica (ITS) e mãe de Luísa. De acordo com a especialista, hoje em dia alguns pais superprotegem os filhos demais, outros não dão limites e alguns poucos encaram o papel de educar os filhos em culpa nem medo, encontrando o equilíbrio. “Talvez fosse mais fácil ser pai ou mãe há vinte anos, já que a tecnologia nos aprisiona”, diz Cristiane.

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Hoje em dia, a expressão que impera é “temos que”. Temos que dar computadores, celulares, nos conectar e conectar nosso filhos, temos que ter tudo de última geração, temos que deixar isso ou aquilo, temos que postar caras e bocas nas redes sociais o tempo todo. De acordo com Cristiane, são cobranças e mais cobranças a uma velocidade muito mais rápida. Os exemplos de vida e a coerência, que são bases sólidas na educação, hoje são questões secundárias em muitas famílias.

Fizemos uma enquete recentemente em nossa página do Facebook e metade das pessoas que responderam disseram que os acessos a computadores celulares e tablets são a principal diferença entre as crianças de 20, 30 anos atrás e as crianças de hoje. Mas não poder brincar na rua e ter mais liberdade de expressão dentro de casa também foram pontos que apareceram no resultado. Claro, tecnologia é importante, mas os exageros são problemáticos para todo mundo. “O importante não é ser um pai ou uma mãe legal, mas coerente e que imponha limites, para transmitir segurança aos filhos. Quando os pais se colocam na mesma categoria, como se fossem amigos, os filhos se sentem órfãos”, diz a psicóloga.

Isso também é uma característica bastante atual: a autoridade dos pais (que não tem nada a ver com autoritarismo) muitas vezes é questionada pelos filhos e, sem sentir a proteção dos adultos, as crianças se tornam mais poderosas, conseguem tudo o que querem, mas também ficam inseguras e vulneráveis. “Cabe aos pais se reapropriarem de seus lugares de comando, de proteção, de contenção de seus filhos, para que as crianças cresçam saudáveis e amadas”, conclui Cristiane Lorga.


Palavras-chave
Comportamento Papel da Mãe Papel do Pai

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