Família

Filho abre o coração e fala sobre a dor de perder o pai para o coronavírus: “Ele cansou de lutar e partiu”

Jin Zhen com seu pai em evento - Reprodução / print do vídeo Go Found Me
Reprodução / print do vídeo Go Found Me

Publicado em 24/04/2020, às 08h17 por Camila Montino, filha de Erinaide e José


Jin Zhen com seu pai em evento (Foto: Reprodução / print do vídeo Go Found Me)

Neste último sábado, 18 de abril, o nova-nova-iorquino Jin Zhen, personal trainer ,escreveu sobre o impacto devastador, que o novo coronavírus teve sobre alguns familiares em casas de repouso. Entre os milhares de efeitos negativos causados pela pandemia da covid-19, em todo mundo, o distanciamento entre familiares é, com certeza, uma das coisas mais tristes.

Mãe, pai e Jin Zhen (Foto: Reprodução / print do vídeo Go Found Me)

Jin conta que seu pai, que vivia em uma dessas casas de repouso, e que morreu sozinho após um mês sem receber visitas, devido o coronavírus. Embora seu pai morasse em uma casa de repouso, Zhen e sua mãe permaneciam ao seu lado, visitando e cuidando dele todos os dias.

Jin Zhen cuidando do pai (Foto: Reprodução / Vídeo Go Found Me)

O relato foi compartilhado no Go Found Me, plataforma de ‘vaquinha online’ que está sendo muito utilizada durante essa crise. Jin conseguiu ultrapassar a sua meta de 35 mil dólares, tendo arrecadado até este momento US$44.190, e ainda viu seu texto viralizar pela imprensa americana.

Confira o relato:

“Meu amado pai morreu nesse último Domingo de Páscoa. Só mais uma semana, ele teria feito seu quarto aniversário vivendo em uma casa de repouso. Meu pai sofria de uma doença vinda com a idade e também de um AVC, que deixou ele quadriplégico. No seu caso, ele não podia andar, se tornando um cadeirante, ficou incapaz de levantar seus braços ou apenas pegar um talher para se alimentar, mas ainda sentia dor e variação de temperatura. Nos últimos quatro anos, eu e minha mãe tomamos conta dele diariamente. Eu visitava ele pelo menos cinco dias da semana, algumas vezes sete dependendo da minha agenda de trabalho. Mas minha mãe estava ao seu lado todos os dias, da manhã até a noite. No primeiro ano, ela inclusive dormia lá, mas eventualmente foi proibido que visitantes passassem a noite com os residentes. Minha mãe cozinhava três refeições por dia para ele, porque meu pai não gostava da comida do lugar; ele era exigente. Como filho, eu tinha minhas obrigações também: transferia meu pai para fora da cama e depois colocava de novo; ajudava ele a evacuar manualmente, o que significa que coloquei meus dedos no seu reto; dava banho sempre que o visitava; fazia a sua barba semanalmente; cortava o seu cabelo há cada três semanas; massageava seu corpo para prevenir rigidez articular e formação de coágulos sanguíneos; inspecionava o seu corpo em busca de úlceras / feridas; leva ele para passear de cadeira de rodas. Meu pai estava estável até a pandemia da COVID-19 começar e destruir Nova York de uma forma tão forte. O Estado impôs uma regra para que todas as casas de repouso proibissem visitas até que fosse dito o contrário. Nós não tivemos nenhuma preparação, a enfermeira me contou sobre isso no dia anterior ao confinamento. Nós não sabíamos quanto tempo isso iria durar, então eu dei banho nele normalmente, fiz a sua barba, cortei o seu cabelo e suas unhas. Essa foi a última vez que eu vi meu pai pessoalmente, no dia 11 março. Um mês depois, no dia 13 de abril, Domingo de Páscoa, duas da tarde, nós recebemos a ligação. A enfermeira disse que meu pai estava inconsciente. Eles realizaram o CPR enquanto nós conversávamos, e ela nos falou para nos prepararmos para o pior. Alguns instantes depois, a enfermeira disse que sentia muito e que eles haviam feito o melhor. Aquilo foi muito pesado. Eu só espero que meu pai tenha partido enquanto dormia, sem nenhuma dor ou sofrimento. No dia seguinte, o médico que atendeu meu pai disse que ele teve um infarto. Minha mãe disse: ‘Provavelmente ele cansou de nos esperar e foi embora’. A morte do meu pai está sendo muito difícil para nós e eu estou pedindo encarecidamente que nos ajude a fazer o seu funeral durante este período tão difícil. Muito obrigada, com todo o meu coração.”


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