Família cria vaquinha para pagar tratamento de mãe que teve AVC e ficou em coma após parto

Uma mãe chamada Maria Rita Alves, de 21 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico e ficou mais de um mês em coma após sofrer complicações durante o parto. Ela perdeu os movimentos do corpo e está se alimentando por sonda. A família então, decidiu criar uma vaquinha online para conseguir adaptar a casa e pagar o tratamento médico.

“A gente acredita no milagre. Ainda não tem como saber se é temporário ou se vai ser para sempre a condição dela. O banheiro é pequeno e tive que mandar tirar o box para caber a cadeira de rodas”, conta a mãe, Valéria de Cássia Alves, de 44 anos, para o G1.

Valeria, relata que tudo parecia normal durante a gravidez e o pré-natal. A mãe sempre teve pressão baixa, mas isso nunca tinha despertado um alerta na família. Até que ela passou mal no dia do parto, que ocorreu em agosto deste ano, em Sorocaba, São Paulo. “Ela estava com muita dor na hora do parto e ela falou para o médico que queria normal. Ela ficou 15 minutos no chuveiro e começou a ter convulsão. Já estava toda roxa e um pouco torta, quando o médico veio e a reanimou. Eu ouvi lá de fora que ia ter que fazer uma cesárea urgente”, relembra.

De acordo com Valéria, a filha também sofreu pré-eclâmpsia, síndrome de hellp, que ocorre quando a pressão arterial aumenta na gestação e pode ser considerada gravíssima, e hemorragia no útero. Por esse motivo, Maria foi submetida a uma traqueostomia, teve que fazer hemodiálise após sofrer problemas nos rins. A mãe também precisou passar por uma cirurgia na cabeça ao ter pressão intracraniana.

Vaquinha

Por cerca de mais de um mês, Maria recebeu alta e já está em casa, porém ela ainda se alimenta por sonda gástrica, mas está conseguindo respirar sozinha. A filha dela, Heloísa, passou cinco dias na UTI Neonatal em observação. “Em nenhum momento ela viu a neném nascer. Ela [bebê] está bem agora. É espertinha e graças a Deus tem saúde”, conta avó.

A ideia da vaquinha surgiu depois que a família recebeu a notícia da alta e com os cuidados necessários. A mãe está desempregada e não consegue custear as necessidades da filha, que recupera aos poucos os movimentos do corpo e a fala.

A família está tentando arrecadar R$ 80 mil, que serão destinados à compra de fraldas, alimentação, tratamento com fisioterapeuta, psicólogo e acupuntura, além da adaptação da casa, como as implantações de rampas, barras de apoio e espaço para circulação de cadeiras de rodas, tudo necessário para a recuperação de Maria.

Esperança!

O marido de Maria, Bruno Queiros, de 25 anos, relata que ficou chocado ao saber das complicações da esposa após o parto. “Foi um choque de realidade. Mas você vai mudando o seu jeito e vendo como é a vida, que não é só festa. Quando a vida quer te pegar de surpresa ou quando Deus quer tocar em você de alguma forma, é para te mudar”, conta.

Durante o tempo de internação, Bruno revezou com a mãe da Maria o tempo de cuidado com a bebê. Segundo ele, no começo não foi fácil, mas ele procurou se dedicar à família. “É questão de tempo. Nessa hora, a pessoa que está debilitada, precisa de você, precisa de amor, da família, do carinho. Estamos na luta e mantendo sempre a fé. Acho que a fé e o amor são essenciais nesse momento. Ela vai vencer.”

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