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Dia do Psicólogo: aprenda a definir quando é o momento de tirar um tempo para si

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Publicado em 27/08/2021, às 05h01 - Atualizado às 05h07 por Redação Pais&Filhos


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Tem os filhos para cuidar, o almoço para preparar, a casa para limpar, o trabalho para fazer… Qual o momento do dia em que você arruma tempo para você? Se a resposta for “nunca” ou qualquer outra desculpa está na hora de mudar essa situação. Para poder oferecer o melhor para os seus filhos, é necessário que antes de tudo, você esteja bem consigo mesma e isso exige esforço. Resumindo, se você quer dar conta de todas as tarefas e ter uma vida mais feliz, é preciso primeiro aprender a olhar para si.

“O otimismo não é apenas um estado de espírito pleno, mas uma estratégia”, defende a doutora em psicologia e CEO do Mamis na Madrugada, Vanessa Abdo, mãe de Laura e Rafael. Ela completa que pensar positivo não é sinônimo de alienação, mas de respeito com o seu corpo e mente. E esse pensamento se tornou ainda mais fundamental considerando o período que estamos enfrentando. A psicóloga entende que a chave para encarar o coronavírus é assumindo que é uma situação difícil, mas irá passar. “Se ficar ansioso ou angustiado resolvesse, seria ótimo, porém é na verdade um véu que fica nos olhos e nos eburrece, perdemos a capacidade de pensar, porque entramos em um redemoinho”, justifica.

É fundamental levar em conta o período que estamos vivendo na pandemia (Foto: Getty Images)

O corpo fala

Um dos inúmeros ensinamentos que a pandemia trouxe foi justamente a importância de cuidar da saúde mental para garantir o seu bem-estar. Vera Iaconelli, psicanalista e psicóloga, mãe de Gabriela e Mariana, explica: “Ter saúde mental significa lidar com o luto, sofrimento, tristeza, provação, frustração e outros sentimentos sem necessariamente adoecer, ou seja, sem precisar criar sintomas que impeçam a pessoa de levar a vida adiante ou comprometam as relações do sujeito com ele mesmo e com os outros”. A especialista reforça a necessidade de ter uma atenção extra.

A pandemia trouxe ainda mais a necessidade de olhar para as mães, gestantes e puérperas (Foto: Getty Images)

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres são o grupo mais vulnerável a ter problemas em relação à saúde mental durante a pandemia do coronavírus, com ênfase para as mães, gestantes e puérperas. Remediar é a melhor opção, mas nem sempre é possível. Alguns sinais ajudam a indicar que é preciso dar um passo para trás, olhar o que está acontecendo e fazer mudanças:

Você não está fazendo tudo: Mãe não é sinônimo de super-heroína e embora pareça óbvio, é importante ressaltar que nem sempre conseguimos dar conta de tudo e está tudo bem. O mais importante é saber reconhecer isso e buscar entender o motivo disso acontecer. Há dois motivos pelos quais as pessoas geralmente não conseguem concluir a lista de tarefas. O primeiro é que a lista está muito longa. E o segundo é que você simplesmente não está conseguindo fazer as coisas que normalmente conseguia por estar sobrecarregada.

Cansaço ou doença frequentes: esses efeitos podem ocorrer por várias razões, é claro, mas, às vezes, o cansaço e a moleza surgem porque você não está tomando os cuidados básicos e necessários para o seu corpo funcionar, como não dormir direito, não comer alimentos saudáveis ou até não relaxar o suficiente. Alguns hábitos diários (ou ausência deles) podem impactar diretamente a saúde mental.

Sem paciência: não é preciso muito tempo de conversa com outras mães ou profissionais para entender que a falta de paciência é uma reclamação recorrente. A resposta para essa questão, contudo, normalmente se resume a um tempo para si. Afinal, como você espera ficar calma e relaxada quando não sobra tempo para recarregar as energias?

Você deve ser a sua prioridade

É isso. Sem “mas…”. “Agora, mais do que nunca, dedique parte do seu dia para fazer o que gosta. Isso ajuda a controlar o estresse e ansiedade em passar tantas horas dentro de casa com o isolamento social. Outra alternativa é procurar práticas de autoconhecimento, como meditação, leitura ou até cozinhar novas receitas”, sugere a Dra. Ana Carolina Lúcio Pereira, ginecologista membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Acostume-se a dizer não! Dê um passo adiante, lembrando que sempre que você diz “sim” para uma coisa, está automaticamente dizendo “não” para outra. Isso faz parte e, no final, o saldo de tudo deve priorizar dizer “sim” a você. É preciso aspirar a casa e lavar a louça… Isso não vai mudar. O que pode mudar é a maneira como você executa essas tarefas. Você pode transformar essas necessidades em um momento para você. Quem sabe
ouvir uma música ou um podcast?

As vezes é preciso desconectar do mundo para se conectar em você mesma (Foto: Getty Images)

Outro ponto fundamental de citar aqui é a divisão das atividades. Deixe os outros te ajudarem. Aceite a ajuda (mesmo que seja diferente do que você faria). Parte do motivo pelo qual as mães não têm tempo para si é que insistem em fazer tudo sozinhas e, principalmente, agora com o acúmulo de funções, esse gesto simples faz toda a diferença na rotina. Ser mãe é algo incrível, mas lembre-se que é uma parte da sua vida e não o todo. Faça questão de enaltecer seus outros papéis com o que te faz feliz e realizada: seja como profissional ou mulher.

É importante ter em mente que estamos passando por um momento de crise e exigir a perfeição agora é algo praticamente impossível (para não dizer injusto). “Cada um tem a sua casa, a sua família para cuidar, a sua rede de apoio disponível ou não neste momento e o seu trabalho com adaptações diferentes”, coloca a psicóloga Viviane Marques, filha de Ana Lucia e Paulo. Por isso, foque naquilo que funciona para você, independentemente do que estão fazendo no Instagram.

Tatiane de Sá Manduca, psicóloga e palestrante, mãe de Mateus, recomenda: “Reserve aquilo que é importante neste momento para o seu bem-estar físico e emocional. Evite promessas de atitudes, viva o momento presente e os vínculos com as pessoas que ama. O momento nos pede urgência de sentido e não de pressa”, e a culpa caminha contra esse direcionamento.

De acordo com o Dr. Pablo Vinicius, médico psiquiatra, neurocientista e pesquisador, filho de Sebastião e Mariazinha, investir na saúde mental agora garante não apenas o bem-estar momentâneo, mas para que depois que tudo isso passar, continuemos nossas vidas saudavelmente. O isolamento social ainda se faz necessário como principal forma de combate à doença, mas o especialista alerta: “Ao mesmo tempo em que ele faz parte da solução, é fator de risco para o adoecimento emocional”. Garantir a saúde mental não é fingir que nada está acontecendo e colocar um sorriso no rosto, muito pelo contrário. Trata-se de reconhecer e respeitar seus pensamentos e sentimentos frente a todas as mudanças e lidar com eles da melhor forma. Alguns fatores como a pandemia, estão fora do seu alcance, mas outros podem ser repensados e alterados. Existem muitas maneiras de se tornar uma prioridade. O que você vai fazer hoje para ser a sua?

Recomendações da OMS para os pais e profissionais da área de saúde evitarem o pânico entre os familiares:


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