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Dia da Internet Segura: 4 dicas para manter a segurança online e cuidar da saúde mental do seu filho

Saiba como você pode ajudar o seu filho online - Shutterstock
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Publicado em 08/02/2022, às 10h20 - Atualizado às 11h56 por Redação Pais&Filhos


Você sabia que nesta terça-feira, 8 de fevereiro, é o Dia da Internet Segura? A data, comemorada desde 2009, veio com o intuito de falar sobre a importância do cuidado na internet, principalmente com as crianças e adolescentes.

Saiba como você pode ajudar o seu filho online (Foto: Shutterstock)

Com uma maior facilidade ao ambiente virtual dos jogos, entretenimento, vídeos e redes sociais, é essencial que os pais estejam de olho nas ferramentas, afim de promover o uso seguro, ético e responsável da rede. Segundo uma pesquisa realizada pela TIC Kids Online Brasil em 2019, cerca de 24,3 milhões de crianças e adolescentes de 9 a 17 anos acessavam a internet no Brasil, sendo 86% do total das pessoas nesta faixa etária.

Dentro de casa, o diálogo para uma internet mais segura deve acontecer sempre. Para o diretor do Marista Escola Social Ir Acácio, em Londrina (PR), vale reforçar desde cedo: “Os meios digitais são muito utilizados para a expressão das atividades, sentimentos e novidades. Em uma conversa, os pais e responsáveis podem aproveitar para reforçar a importância da segurança, dos temas e conteúdos acessados”.

Para contribuir com o processo, a família pode seguir alguns passos simples. Veja dicas de ouro para manter a segurança online.

De olho nos conteúdos

Como forma de incentivar conteúdos seguros e adequados para cada idade, tente separar um tempo para olhar os jogos, canais ou vídeos que seu filho consome. Dessa maneira, você também pode criar vínculos, incentivar conversas e aprender ainda mais sobre os gostos dele.

Incentive a autonomia

A linha entre proteger e proibir o acesso à internet para as crianças pode ser muito tênue, por isso vale ficar de olho. No entanto, incentivar o uso consciente dos dispositivos auxilia no desenvolvimento da autonomia e responsabilidade online.

Interação online

Nas conversas em casa, você também pode recomendar pontos importantes como, por exemplo, ajudar seu filho a entender o que ele pode ou não compartilhar nas mídias sociais. Nos grupos de bate-papo, como o WhatsApp, vale ficar de olho com quem as crianças conversam, além de explicar quais informações ela deve manter em sigilo.

E se mesmo assim algo der errado?

Caso a criança perceba algum contato com alguém que faz perguntas invasivas e se sinta desconfortável com isso, mostre que ela sempre pode confiar em você e contar o que acontece. Peça para que, nestes casos, seu filho lhe avise imediatamente e interrompa o contato. Se necessário, você pode comunicar a delegacia de crimes virtuais e explicar o que aconteceu.

Confira dicas para ajudar as crianças (Foto: Shutterstock)

Pode falar

Apesar de todas as funcionalidades que a internet traz, ela também pode interferir de alguma forma na saúde mental das crianças e adolescentes. De acordo com uma pesquisa realizada pela UNICEF em setembro de 2020, na faixa etária entre 15 e 19 anos, 72% dos respondentes sentiu necessidade de pedir ajuda em relação ao bem-estar físico e mental durante a quarentena. Já outros 41%, não pediu nenhum tipo de ajuda ou recorreu a alguém. 46% disse que estava mais pessimista do que antes da pandemia, e 80% disse haver tido sentimentos negativos nos últimos dias, como depressão, ansiedade e preocupação.

Para auxiliar a saúde mental e bem-estar para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos, a UNICEF desenvolveu o canal Pode Falar, criado em parceria com diversas organizações da sociedade civil e empresas com expertise na área. De forma online e gratuita, o chatbot pode ser acessado em podefalar.org.br. “Com o longo período de distanciamento social, crianças e adolescentes aumentaram o seu tempo de exposição a telas, ampliando também a preocupação com a sua saúde física e emocional”, afirma Henrietta H. Fore, diretora executiva do UNICEF, em pronunciamento global sobre o Dia da Internet Segura”.

Na pandemia, o ambiente virtual teve uma importância fundamental e não pode ser esquecida. “Conforme a pandemia entra em seu segundo ano, a internet e a tecnologia continuarão a desempenhar um papel fundamental na vida de meninas e meninos. O Pode Falar surge como um espaço em que adolescentes e jovens podem informar sua demanda, de forma anônima, passar por uma triagem automatizada e ter uma resposta imediata, a depender da complexidade de sua questão, com indicação de materiais de apoio, informações e serviços,” conclui Gabriela Mora, Oficial do Programa de Cidadania dos Adolescentes do UNICEF no Brasil.

Guia de Pais

Para deixar o ambiente das redes sociais ainda mais seguro, o Instagram em apoio com a SaferNet, uma ONG que defende a promove os direitos humanos na Internet, lançou uma nova versão do Guia de Pais. Publicado pela primeira vez em 2018, possui o intuito de ajudar, principalmente, pais de adolescentes e conhecer as ferramentas da rede e tornar a experiência ainda mais positiva.

Na atualização, os principais recursos destacados são voltados para o gerenciamento de comentários, tempo gasto no aplicativo, ferramentas de Direct e também stories. Para acessar ao guia completo, basta entrar em https://www.safernet.org.br/site/themes/sn/sid2017/resources/guiapaisig.pdf.

Seja incrível na internet

O Google criou para pais, responsáveis e educadores, o Seja Incrível na Internet, plataforma educativa voltada a contribuir para que crianças tenham uma experiência mais segura e confiante no ambiente on-line. O site conta com uma série de materiais e ferramentas desenvolvidas em parceria com especialistas globais em segurança digital, como Safernet, ConnectSafely e Family Online Safety Institute, com orientações, dicas, atividades e ferramentas para preparar crianças para usar a Internet de modo consciente e seguro.

Neste Dia da Internet Segura, o Google lançou dados de uma nova pesquisa sobre o nível de familiaridade de pais e responsáveis com o tema segurança online e sua confiança sobre o uso da internet pelas crianças. Entre os assuntos que causam maior preocupação entre os pais e responsáveis estão o aliciamento infantil (17%), privacidade e segurança (16,5%) e acesso a conteúdo inapropriado (16%).

A atenção deve ser ainda maior com crianças de menor idade. De acordo com o estudo, o Brasil é o país da região em que as crianças ganham um dispositivo celular para acessar a internet mais cedo: em média, com 8,9 anos, seguido de Chile (9,2 anos) e México (9,5). No país, 88% confiam que seus filhos os informariam caso estivessem enfrentando algum problema de segurança digital.

A advogada e especialista em Direito Digital Patricia Peck, membro titular do Conselho Nacional de Proteção de Dados (CNPD), destaca a importância de estimular a cultura de privacidade e proteção de dados, tanto para aumentar a segurança digital de crianças e adolescentes, quanto para prevenir esses tipos de crimes tão comuns na web.

“As crianças são muito ingênuas no tocante a navegação na internet e podem não identificar ameaças presentes nas interações digitais e tendem a se expor a riscos por excesso de exposição. Por isso, os pais devem sempre conferir as regras de utilização das plataformas e redes sociais, e verificar a idade mínima necessária. Ao criar perfis infantis e publicar detalhes de sua vida íntima, os pequenos ficam mais suscetíveis a pessoas mal-intencionadas. O dever de vigilância é dos pais ou responsáveis, conforme determina o artigo 932 do Código Civil. É preciso saber mais da vida digital dos filhos. E, acima de tudo, é importante educar a geração digital para ela saber se proteger”, diz a advogada.


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