Anvisa proíbe venda de pomadas para cabelo após casos de cegueira em mulheres

Nesta sexta-feira, dia 10 de janeiro, a Anvisa(Agência Nacional de Vigilância Sanitária ), declarou que a comercialização de todas as pomadas para modelar e traçar cabelos será considerada ilégal no Brasil. Não será permitido nem a aplicação dos produtos por profissionais de beleza, enquanto a medida provisória estiver em vigor.

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A Anvisa tomou essa decisão, pois um grande número de pessoas relataram que estavam sentindo muitos efeitos colaterais como perda temporária da visão, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça.

Por segurança, a Agência Sanitária  não recomenda o uso das pomadas para trançar e moledar os cabelos, que já foram comprados antes da proibição, pois elas podem causar efeitos colaterais no usuário e no profissional que realiza a aplicação do produto.

”Produtos de uso cosmético para modelagem dos cabelos usualmente possuem substâncias químicas que interferem na forma e volume dos cabelos. Em contato com a água, elas podem escorrer para os olhos provocando toxicidade ocular aguda. Esses produtos podem permanecer nos cabelos por horas ou dias”, relatou o médico oftalmologista Evandro Lucena, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia em Oftalmologia e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, em conversa com o GLOBO.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária diz que está investigando para saber mais informações sobre os possíveis casos com colaboração de  órgãos de vigilância sanitária estaduais e municipais.Na terceira semana de feveiro, acontecerá uma reunião oficial com setor produtivo para decidir quais procedimentos serão precisos para a regularização das pomadas capilares.

“A avaliação de risco feita pela Anvisa em conjunto com o Ministério da Saúde e vigilâncias sanitárias locais indica que, diante do número de ocorrências, distribuição geográfica e diversidade de marcas envolvidas, a medida mais segura é interditar estes produtos até que todas as providências possíveis sejam adotadas para evitar novos eventos”, relatou a Anvisa em uma nota oficial.

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