Família

Comunidade faz campanha para ajudar família de Moise, jovem congolês que foi morto em quiosque no Rio

Moïze Kabamgabe faleceu na Barra da Tijuca, na segunda-feira, 24 de janeiro - Reprodução / Facebook / Moïze Kabamgabe
Reprodução / Facebook / Moïze Kabamgabe

Publicado em 02/02/2022, às 16h24 por Redação Pais&Filhos


O jovem Moïse Kabamgabe, da República Democrática do Congo, morreu espancado, na noite de segunda-feira, 24 de janeiro, após cobrar pagamento atrasado de um cliente, em um quiosque onde trabalhava. O caso aconteceu na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Para ajudar a família do rapaz, a comunidade congolesa no Rio, fizeram uma campanha para arrecadar R$16 mil para ajudar nos gastos do sepultamento de Moise. Eles já conseguiram R$9,5 através das doações.

Moïze Kabamgabe faleceu na Barra da Tijuca, na segunda-feira, 24 de janeiro
Moïze Kabamgabe faleceu na Barra da Tijuca, na segunda-feira, 24 de janeiro (Foto: Reprodução / Facebook / Moïze Kabamgabe)

Além dela, a ONG “Meu Rio” também está preparando uma vaquinha para ajudar os familiares do jovem, já que ele ajudava a pagar as despesas da casa em que morava com os pais e irmãos.

Pedido de justiça

Nesta segunda-feira, 31 de janeiro, a família do rapaz esteve com a Comissão de Direitos Humanos da OAB. A mãe Ivana Lay, se pronunciou sobre o caso pedindo justiça.

“Morávamos em uma região da República Democrática do Congo onde fica a guerra. Uma guerra tribal civil entre os hema e os lendu. Somos Hema. Tudo começou quando meus filhos mais velhos estavam pequenininhos. Essa guerra étnica tinha disputas toda semana. Não sei como começou. Essas duas tribos, até hoje, são problemáticas. Nessa guerra, eles mataram a minha mãe, meus parentes, toda a minha família. Continuam até hoje, e todo dia tem mortes”, se pronunciou a mãe ao O Globo.

Mãe de congonês pede justiça
Mãe de congonês pede justiça (Foto: Reprodução / TV Globo)

“Ela ainda dura no Congo. O pai dele e muitos parentes desapareceram por conta dessa disputa. Na minha cabeça, eu tinha que fugir para o Brasil para ficar calma. Viemos para cá em 2014. Meus filhos começaram a estudar. Eles chegaram aqui pequenos. O Moïse (Mugenyi Kabagambe) chegou aqui com 11 anos, em 15 de fevereiro de 2011. Ele veio primeiro. Nesses anos todos, o meu filho virou um brasileiro. Tudo dele era do Brasil. Ele sabia como trabalhar no Brasil, fez muitos amigos”, contou.

“Ele era trabalhador e muito honesto. Ganhava pouco, mas era dele. No final, chegava com parte do dinheiro e me dava para ajudar a pagar o aluguel. E reclamava, dizendo que ganhava menos que os colegas. Às 7h da terça-feira, o meu filho me ligou e disse: “Oi, mãe, o Moïse?”. Depois, outra chamada perguntando se ele tinha chegado. E eu disse que não. Eu perguntei o que tinha acontecido, e eles disseram que era para eu ter calma. Em nenhum momento, eu havia pensado que o meu filho estava morto. Mas às 11h, um africano me ligou e disse que o Moïse havia falecido e estava no IML (Instituto Médico-Legal, no Centro do Rio)”, relembrou.

“Queremos processá-los para que isso não aconteça com outra pessoa. Eles não tinham o direito de fazer isso com o meu filho. Espero que esse caso não caia no esquecimento, como tudo cai. Quando meu povo, no Congo, souberem, eles vão fazer um protesto. Todo instante, revivo essa dor terrível que foi a partida do meu filho. Se eu saio lá fora, eu vejo o Moïse. Tudo no Brasil me lembra dele. Ele estava novinho. Havia acabado de fazer 24 anos. Ele só queria viver como todo mundo”, lamentou Ivana.

“Não podem matar as pessoas assim. Eles quebraram as costas do meu filho, quebraram o pescoço. Eu fugi do Congo para que eles não nos matassem. No entanto, eles mataram o meu filho aqui como matam em meu país. Mataram o meu filho a socos, pontapés. Mataram ele como um bicho”, disse.


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