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Começo no meio

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Publicado em 31/03/2011, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


Ir para a escolinha pela primeira vez no meio do ano é supercomum, e os pequenos tiram a adaptação de letra – na maioria das vezes

A hora de ir para a escola é um pouco angustiante para todo pai, que precisa ajudar na adaptação do filho. Nem sempre dá para esperar o começo do ano letivo, seja porque você não tem com quem deixar o filho ou porque a criança já está mais crescidinha mesmo. Aí surge a aflição de que o pequeno entre em uma turma já formada e sofra mais para se entrosar do que aqueles alunos que começaram ao mesmo tempo, no início do ano, e já estão enturmados. "Será que meu filho vai ficar isolado?"

Calma. A situação é menos complicada do que parece. “Nessa faixa etária – de 0 a 4 anos – há menos discriminação entre as crianças. Não existem ainda tantos grupos, porque elas são mais egocêntricas, isto é, brincam mais sozinhas do que em turma, o que facilita a adaptação”, explica Silvia Amaral, mãe de Guilherme, Luciana e Eduardo e avó de Ana Luísa, psicopedagoga e coordenadora da clínica multidisciplinar Elipse. Ela atenta para o fato de que as crianças sentem mais a mudança para um ambiente novo, que é a escola, do que os problemas do grupo em si. Por isso mesmo é bacana saber como a escola trabalha a fase de adaptação.

No Colégio Amanhecendo, no Rio, tudo é feito de forma gradativa. Primeiro, o pequeno fica lá por duas horas, com os pais por perto, até que fique sozinho durante todo o período. “Quando é uma criança só, às vezes o vínculo de segurança com o professor e a escola, de que ela necessita para se sentir bem, se forma até mais facilmente”, diz Maria Isabel Abeleira, mãe de Luciana, Fernanda e Ricardo, psicóloga e diretora geral do colégio. Para Beatriz Minervino, mãe de Eduardo e Enrico, é fundamental que a escola seja flexível quanto à data de entrada da criança, oferecendo opções. “O Enrico entrou na escola em maio e teve uma adaptação normal, sem que eu precisasse aparecer nenhuma vez para ajudar. É ruim deixar a criança em casa esperando para ir à escola se ela já está pronta para isso”.

No colégio São Luís, em São Paulo, a criança pode entrar em qualquer época e ganha um “amiguinho acompanhante”, que se torna o parceiro na adaptação. “Um dos pontos da pedagogia inaciana, que é a que seguimos, é o acolhimento – e ele é melhor quando feito por uma criança. Os pais participam da primeira semana, mas não dentro da sala de aula; só são chamados em caso de necessidade”, explica Eliane Marques Costa, mãe de Fernanda e coordenadora da educação infantil. Livia dos Santos, mãe de Ana Clara e Ana Carolina, conta que a adaptação da filha mais velha está sendo um pouco complicada, mas ela acredita que o fato de trabalhar na escola possa dificultar um pouco.

“Ela sabe que estou ali e, às vezes, sai correndo da classe, chorando e chamando por mim, mas vai passar logo”, confia Livia, que acha que, para Ana Clara, é melhor que a turminha se conheça, pois já estão entrosados e não dão muita bola para o choro. De acordo com Silvia, Livia tem razão: “Quando todos são novos, um começa a chorar, e logo os outros se incomodam. Às vezes, quando é só um em adaptação, isso não acontece”. Por isso, não se preocupe. Não importa quando começam, todos chegam ao mesmo lugar.

Consultoria: Silvia Amaral, mãe de Guilherme, Luciana e Eduardo, é psicopedagoga e coordenadora da Clínica Elipse, tel.: (11) 3097-8328, www.clinicaelipse.com; Colégio São Luís, tel.: (11) 3138-9600, www.saoluis.org; Colégio Amanhecendo, tel.: (21) 2539-0794.


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