Publicado em 28/02/2024, às 10h16 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
Na última terça-feira, 27 de fevereiro, a Justiça determinou que a Faculdade São Leopoldo Mandic, em São Paulo, readmita a aluna, que em 2020 foi acusada de matar a amiga Isabele Guimarães Ramos, ambas de 14 anos, em Cuiabá.
"Defiro a liminar para determinar à autoridade impetrada que reintegre a impetrante no curso de medicina em que está matriculada, sem qualquer prejuízo acadêmico pelos dias em que não o pode frequentar em razão do ato impetrado", decretou o juiz Haroldo Nader, da 6ª Vara Federal de Campinas (SP), conforme informações do G1.
A mesma reportagem conversou com a Faculdade, que informou não ter sido ainda informada sobre a decisão. A aluna foi expulsa no dia 16 de fevereiro, após outros colegas serem informados sobre o passado dela e isso gerar "um clima interno de grande instabilidade".
Em 2020 um caso chamou atenção na mídia. Uma menina tirou a vida da própria amiga, Isabele Guimarães Ramos, com um tiro no rosto. Agora, quatro anos após a tragédia, o acontecimento voltou à tona quando foi relembrado por uma colega da faculdade.
Ao surgirem boatos de que uma suposta aluna de medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic havia sido acusada de homicídio, outros colegas ficaram preocupados com a situação o que teria levado a uma instabilidade.
Diante disso e de uma denúncia do Comitê de Compliance, a Faculdade optou por expulsá-la. As informações são da coluna True Crime, do jornal O Globo. "Com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), a Faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna, assegurando a ela a apresentação de recurso, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa", disseram em nota.
Isabele Ramos Guimarães morreu aos 14 anos de idade baleada pela melhor amiga, em um condomínio de luxo em Cuiabá, no dia 12 de julho de 2020. A jovem afirmou que a pistola disparou acidentalmente, mas negou estar brincando com a arma da família.
O tiro acertou o rosto da jovem. Ambas tinham a mesma idade na época. Após o crime, a polícia verificou que o armamento estava sob posse ilegal do pai da suspeita. Em julho de 2023, a juíza Leilamar Aparecida Rodrigues, da 2ª Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, extinguiu o processo de execução de medida socioeducativa da adolescente.
De acordo com Leilamar, a decisão foi tomada com base na análise do relatório psicossocial que aponta que as metas do Plano Individual de Atendimento (PIA) já foram alcançadas e a medida de liberdade assistida imposta já foi cumprida.
Na decisão, a magistrada também considerou que a adolescente completa a maioridade em breve, e “demonstrou o interesse em traçar novos objetivos longe do ambiente deletério da reiteração infracional”.
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