Publicado em 29/05/2022, às 06h26 por Redação Pais&Filhos
Na última quarta-feira, 25 de maio, foi comemorado o Dia Nacional da Adoção. No entanto, próximo dessa mesma data, dois bebês recém-nascidos foram abandonados logo em sequência do parto e comoveram os moradores da região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. De acordo com reportagem do g1, uma bebê foi deixada no canto de uma praça em Franca, em São Paulo, na última terça-feira, 24 de maio. Infelizmente, a criança não sobreviveu.
Um dia antes, na segunda-feira, 23 de maio, um menino foi abandonado em um terreno baldio em Sertãozinho, também em São Paulo. Nesse caso, o morador Matheus da Silva, que passava pelo local – teve a curiosidade em ver o que era no terreno, e encontrou um recém-nascido enrolado em um lençol ainda com o cordão umbilical. O Matheus chamou a polícia após se dar conta do que aconteceu.
No caso do episódio acontecido em Franca, a Polícia Civil abriu um inquérito para averiguar o crime de abandono de incapaz. Caso o laudo da necropsia diga que a bebê morreu após o parto, a mãe biológica da recém-nascida também pode responder judicialmente por infanticídio. Já em Sertãozinho, a polícia investiga a identidade da mãe e as circunstâncias do abandono.
O bebê abandonado no terreno baldio ainda com o cordão umbilical, passa bem e recebeu alta da Santa Casa na última sexta-feira, 27 de maio – após ficar cinco dias internado. Por decisão judicial, ele foi direcionado para um lar dedicado à crianças, onde deverá permanecer até que seja dotado.
Ainda de acordo com o jornal, o advogado Hugo Amorim Côrtes, especialista em processos de adoção em Ribeirão Preto, contou que as duas mães não precisavam ter abandonado os filhos. Visto que, a lei não prevê punição à genitora caso ela demonstre às autoridades interesse em deixar o processo maternal. Em complemento, reforçou que se ela tivessem procurado um hospital, a Vara da Infância e Juventude ou a polícia, a situação poderia ter sido diferente.
“Ela não pode é soltar ao relento, colocar numa caçamba, colocar no mato. Isso coloca em risco a vida da criança. Então preserve a vida da criança que não vai ter nenhuma consequência legal. Basta dizer ‘eu não posso’. O motivo, cada um tem um seu, mas não abandone porque a gente acompanha no noticiário que muitos [bebês] acabam vindo a óbito”, finalizou Hugo.
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