Publicado em 16/11/2021, às 15h37 por Hanna Rahal, filha de Lydiana
Após a conclusão do esquema vacinal, o Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira, 16 de novembro, que todos os adultos poderão receber a dose adicional da vacina contra a covid-19. Antes, a medida só era autorizada para alguns grupos de risco.
Para tomar a dose de reforço, é necessário esperar o intervalo de cinco meses após a segunda dose e ter mais de 18 anos. Mais de 12,4 milhões de brasileiros estão aptos, em novembro, a tomar a dose de reforço, de acordo com a coletiva dada pelo ministério.
A preferência é que seja usada a dose da Pfizer como reforço. Mas na prática, a aplicação pode ser diferente para quem tomou determinados tipos de imunizantes. Isso porque, segundo um estudo da Universidade de Oxford, encomendado pelo Ministério da Saúde, a vacinação heteróloga, isto é, com imunizantes de laboratórios diferentes, aumenta a resposta imune.
Para aqueles que receberam as duas primeiras doses de CoronaVac, a preferência é que recebam prioritariamente, a dose adicional da Pfizer. As vacinas Oxford/ AstraZeneca ou Janssen, também serão aplicadas, mas apenas em caso de indisponibilidade da primeira.
Para os brasileiros que tomaram as duas primeiras doses de AstraZeneca, a dose adicional aplicada será da Pfizer. O Ministério da Saúde informou que ainda não decidiu qual será a dose de reforço para quem tomou as duas doses da Pfizer, mas deve definir antes do prazo determinado. As pessoas que tomaram Janssen e AstraZeneca ainda devem tomar a segunda dose da vacina, aguardar os cinco meses, para então tomar o reforço.
A aplicação das doses adicionais devem começar na próxima semana. No entanto, o calendário de aplicação deve ser anunciado pelos estados e municípios. Profissionais de saúde, idosos com mais de 60 anos e pessoas com baixa imunidade, isto é, com câncer, HIV ou transplantadas, por exemplo, já estão recebendo o reforço.
“Estamos juntos em um só objetivo: tornar as políticas públicas ainda mais eficientes. Ultrapassamos os Estados Unidos no percentual da população imunizada. Reforçamos que é fundamental a segunda dose para que se complete o esquema vacinal”, afirmou o ministro da saúde Marcelo Queiroga, durante coletiva de imprensa realizada nesta manhã.
Vale lembrar: todos os imunizantes disponíveis reduzem o risco das formas graves da Covid-19e ajudam a reduzir o número de mortes.
O Ministro da Saúde disse em coletiva que mais de 100 milhões de pessoas estarão aptas a recebê-la nos próximos meses, sendo 12,4 milhões em novembro, 2,9 milhões em dezembro, 12,4 milhões em janeiro, 21,5 milhões em fevereiro, 29,6 milhões em março, 19,6 milhões em abril e 4,3 milhões em maio. A previsão é terminar a aplicação da dose adicional até maio de 2022.
Ainda na coletiva de imprensa desta terça-feira, o Ministério da Saúde divulgou a campanha de megavacinação contra o coronavírus. O objetivo é reforçar a importância de completar o esquema vacinal (dose única ou duas doses) para garantir a proteção de toda a população.
“Muitos não procuraram as unidades de vacinação para tomar a segunda dose. É fundamental essa segunda dose para que se complete o esquema vacinal”, disse o ministro Marcelo Queiroga.
De acordo com Gerson Salvador, médico especialista em infectologia e saúde pública da Universidade de São Paulo (USP), pai de Laura, Lucas e Luís, esse é o momento de ampliar a vacinação. “Seja com duas doses para aqueles que não receberam ou para ampliar a vacinação de adolescentes e de crianças acima de cinco anos. A imunização é fundamental e teria impacto direto na diminuição da circulação do vírus”, garante.
Sim, pode. Segundo o especialista, as vacinas foram estudadas para avaliar a infecção sintomática e não para prevenir. Dessa forma, o paciente terá uma menor chance de adoecer ou ter a forma grave da doença. “Só que ninguém garante que você não vai contrair o vírus. Por isso, é muito importante manter o distanciamento físico, o uso das máscaras e a higiene das mãos”.
Além disso, a Dra. Melissa Palmieri, pediatra e especialista em vacinas, filha de Antônio Carlos e Maria, completa que a resposta de cada organismo pode acontecer de maneira individual, dependendo de paciente para paciente. “Após finalizar o esquema vacinal preconizado para cada vacina contra a covid-19, acredita-se que a proteção esperada aconteça de 7 a 14 dias após a segunda dose, entretanto entendemos que cada um responde de forma individual. E a terceira dose seria, neste caso, uma garantia de imunização.
E se você já teve Covid-19, a vacina ainda é indispensável. Apesar da infecção poder desenvolver uma certa proteção, a vacinação é fundamental, pois os anticorpos podem durar por um tempo menor.
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