Publicado em 01/12/2021, às 10h30 - Atualizado em 23/05/2022, às 14h35 por Redação Pais&Filhos
O 12° Seminário Internacional Pais&Filhos – O que de verdade importa está a todo vapor! Apresentado por Andressa Simonini editora-executiva da Pais&Filhos e filha de Branca Helena e Igor, está rolando um bate-papo incrível sobre “O essencial é invisível aos olhos”. Nele, conversamos com Nathalia Santos – mãe de Davi, jornalista, palestrante e cega.
Nathalia é do Rio de Janeiro, e foi considerada pela revista Vogue uma das mulheres negras mais influentes do país e posou no editorial de aniversário da revista ao lado da modelo Naomi Campbell. Foi comentarista do programa Esquenta! durante quatro anos, trabalhou como repórter na GloboNews e também como âncora do Atualiza, noticiário online do RioLive, onde foi considerada a primeira apresentadora cega do país. Além disso, tem um canal no YouTube chamado “Como Assim, Cega?”, e no nosso seminário, ela vai falar muito sobre maternidade e inclusão. Ufa!
Durante o bate-papo ‘O essencial é invisível aos olhos’, Nathalia começou o papo se descrevendo como uma mulher negra de pele clara, com os cabelos cacheados tingidos na altura do ombro. Andressa e Beto, assim também se descreveram.
“Eu estou muito feliz de estar aqui e de ter sido chamada para este seminário porque coloca a minha maternidade como protagonista”, começou Nathalia. “A minha maternidade coloca, além de que é possível criar os filhos sem enxergar, ela coloca que enxergar, no sentido literal, não é essencial. Eu e meu filho estamos construindo uma relação muito bonita, e estamos mostrando que enxergar, no sentido literal, não é essencial”.
Sobre isso, ela ainda completa: “Eu sempre tive muito medo de criar um filho. Então eu sempre conversei com o meu filho sobre as minhas necessidades. Então o meu medo era muito mais sobre o outro. Eu nunca fui muito insegura com a minha maternidade – eu sempre soube o que fazer. A minha preocupação foi muito mais sobre vínculo materno e sobre o meu filho ter questões com o fato de não enxergar. Não é fácil, porque o mundo não é feito para mim. Com a maternidade, não seria diferente, Eu dependo muito de pessoas. Mas eu fico muito mais preocupada se serei uma boa mãe, do que com a minha deficiência”.
Andressa deu sequência à conversa trazendo uma nova reflexão sobre a maternidade e os julgamentos. “Você tem habilidades que os outros não tem. E muita gente que tá assistindo, e te vendo e ouvindo. O que você falaria para mães e pais que não convivem com a deficiência sobre como criar filhos para acabar com a questão de que ‘Esse mundo não foi feito para mim’?”, perguntou.
“Acho que começa desde a gravidez”, explica a Nathalia. “Porque a gente já começa a encaixotar e padronizar desde o momento em que ele tá na barriga. A gente não considera que o filho será diferente do bebê de uma mãe que está grávida no mesmo período que eu. Acho que é um olhar que temos comportamentos cognitivos e motores que são padronizados, mas que somos seres humanos diferentes. Eu não quero ser uma mãe igual a minha mãe ou às outras mães que eu conheço. Quero ser a melhor mãe que eu puder ser”.
Sobre o que de verdade importa para Nathalia, ela diz: “Acho que são os afetos. Idependente de qualquer coisa, o que manda é o afeto. O que eu quero que meu filho entenda é que ele foi criado com muito afeto, e é esse olhar que eu quero que ele tenha: afeto pelas crianças, pessoas, animais”.
O evento está sendo transmitido ao vivo online através do Facebook e YouTube da Pais&Filhos. Além disso, no Instagram, também mostramos os bastidores e flashes do Seminário.
O caminho do meio, a escuta atenta, o diálogo, a presença. Em tempos de tanta polarização, tudo isso está em falta também na parentalidade. De um lado, existe uma opinião. Do outro, uma outra visão. Você fala, mas nem sempre tem a certeza que te escutam. Falam com você, mas muitas vezes você nem ouve.
E no meio desse ringue, sobram as mães sobrecarregadas e exaustas, pais sem poder de fala e filhos não sendo ouvidos. Nas famílias, chegam informações de todos os lados, cobranças, medos, julgamentos, culpa e autopunição. Com o tempo, todos esses sentimentos acabam virando faísca para uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento.
Qual é então o verdadeiro propósito da parentalidade? É criar para a vida. Ensinar e ser ensinado. Dar as mãos e mostrar o caminho. Em tempos de tanta incerteza, a certeza que fica é a de entender o que é essencial para você e a sua família. Vamos juntos nessa busca de encontrar a felicidade, que pode estar na sua cara. É preciso apenas estar aberto para ela.
11h – Abertura
11h30 – Mesa-redonda 1 | O blá, blá, blá não é de mentira | Silvia Lobo, @silvialobo5, Telma Abrahão, @telma.abrahao, Vivian Rio Stella, @viviriostela, e Isabel Fillardis, @fillards
13h – Bate-papo 1 | O essencial é invisível aos olhos | Nathalia Santos, @nathaliasantos
14h – Palestra | E se só existisse amor? | Marcos Piangers, @piangers
14h45 – Palestra | Menos é menos | Lia Bock, @liabock
15h50 – Palestra | Filhos de todo um mundo | Melinda Blau, @melindablau
16h40 – Mesa-redonda | A voz que vem de dentro | Amanda Pereira, @amandapereira , e André Polonca, @andrepolonca, Vinicius Campos, @viniciuscamposoficial, e Eduardo Lagreca, @edilagreca Mariana Felício, @marianafelicioreal e Daniel Saullo, @danielsaulloreal
18h – Pocket show | Maneva
19h – Encerramento
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