Publicado em 01/12/2021, às 14h47 por Redação Pais&Filhos
O 12º Seminário Internacional Pais&Filhos está chegando ao fim. O dia foi repleto de bate-papos e trocas de experiências sobre o tema “O que de verdade importa”. Para fechar com chave de ouro, a segunda mesa-redonda do evento contou com a presença de figuras ilustres que discutiram sobre “A voz que vem de dentro”.
Mediados por nossa editora-executiva Andressa Simonini, filha de Branca Helena e Igor, Amanda Pereira e André Polonca, pais de Jorginho, Vinicius Campos e Eduardo Lagreca, pais de Milagros, Alfredo e Pablo, e Mariana Felício e Daniel Saullo, pais de Anita, Antônio, José e João, tiveram uma conversa descontraída, mas cheia de ensinamentos para pais e mães.
Após a apresentação dos casais, nossa mediadora, Andressa Simonini, conversou com os participantes da mesa-redonda sobre a intuição e como confiar no próprio instinto. Tentamos desmistificar esse papo de que só a mãe tem esse tal instinto, quando na verdade o pai também pode ter!
“Eu sempre quis ser pai e quando eu entendi que eu era gay eu entendi que a paternidade seria uma coisa que eu ia perder, algo que seria parte da minha vida. A gente não tinha há 5 anos atrás uma perspectiva”.
Na Argentina ele conheceu o Edu e como lá o casamento homossexual já era aceito, assim como a adoção de crianças por duas mães ou dois pais, a esperança reapareceu. “A gente ficou no processo de adoção por dois anos e aí começou a nossa luta para virar pai delas. A gente estava muito feliz com a chegada das crianças”, contou Vini
Sobre a ausência de um papel feminino dentro de casa, o ator disse que tentou buscar novas maneiras de educar os filhos. “Nós somos ensinados para dizer aqui mando eu, essa casa é minha. Por mais que seja um pai super presente, ele não foi ensinado a dar amor incondicional”, disse.
Ele questionou se de fato uma criança precisaria de uma mãe. Analisando e refletindo as atitudes de sua própria mãe, Vini chegou a conclusão de que esse papel é preenchido por alguém que ama o filho incondicionalmente. “Minha mãe é um ser humana que faz tudo por um outro ser humano”, constatou.
O termo “instinto de mãe” já é usado a tanto tempo que parece que cada vez mais ele vem sendo usado para atribuir uma responsabilidade e uma sobrecarga à mulher, quando, na verdade, os pais são tão capazes quanto as mães para cuidar e educar os seus filhos.
“É muito fácil dizer que ser mãe é instinto de mulher, e nós homens não somos ensinados a amar incondicionalmente. Foi ai que tivemos um clique e começamos a entender que se a gente quisesse dar para os nosso filhos uma experiência de família real, a gente precisaria sair daquilo que a sociedade nos ensinou e começar a ser mãe. Nós precisávamos acessar o nosso lado materno, independente do gênero mas levando em conta o que significa ser uma mãe de verdade”, compartilhou Vini.
Além de se posicionar como homem, André tem o papel de pai dentro de casa. Amanda não é a única que exerce esse “instinto”, ele também está presente em todas as tarefas e responsabilidades, inclusive na hora de trocar as fraldas. Eu estou vivendo e aprendendo muito desde o momento que eu entendi que não é certo o homem falar que vai ‘ajudar'”, falou André.
Ela e André, já na casa dos 40 anos, estão esperando o segundo filho. Mesmo já passando pela primeira gestação, tudo ainda parece novo e o casal vive um constante aprendizado. “A gente está vivendo uma parentalidade já da maturidade, que é quando a gente tem aquele ideal de que já vai saber algumas coisas, mas na prática é uma experiência completamente nova que muda a nossa vida”, contou a grávida.
Quando o assunto é a singularidade de cada gestação, Mariana e Daniel sabem bem disso! “As crianças me ensinam muito. Elas são nosso próprio espelho”, disse a mãe. Os pais de 4 contaram alguns desafios da parentalidade que vão além dos sentimentos. Se as primeiras duas gestações foram tranquilas, isso mudou completamente na gravidez dos gêmeos José e João, correndo até risco de vida.
Daniel – Paciência
“É um exercício de paciência o tempo inteiro. A gente precisa ter paciência para entender uma criança”
Mariana – Fé
“Quando o José e o João nasceram eu tripliquei minha fé em Deus”
Eduardo – Diferenças
“Lembrar como as pessoas são diferentes e aprender a lidar com isso”
Vinicius – Quebrar o egoísmo
“Sair do meu foco em nome de outra pessoa é um aprendizado constante e necessário para ser pai”.
André – Troca de valores
“Hoje a minha alegria é quando eu olho a Amanda, o Jorginho perto do outro bebê na barriga e os cachorros ao lado. Não preciso de mais nada”.
Amanda – Resiliência
“O que me toca muito é que não existe excesso de afeto, de acolhimento e de respeito. Por mais que a gente fique mais preocupada a gente também fica muito mais sensível para o outro”.
Criar o filho para a vida, respeitar seus limites, aprender com os erros e se abrir para ouvir o outro foram alguns dos pontos principais dessa mesa-redonda.
O evento está sendo transmitido ao vivo online através do Facebook e YouTube da Pais&Filhos. Além disso, no Instagram, também mostramos os bastidores e flashes do Seminário.
O caminho do meio, a escuta atenta, o diálogo, a presença. Em tempos de tanta polarização, tudo isso está em falta também na parentalidade. De um lado, existe uma opinião. Do outro, uma outra visão. Você fala, mas nem sempre tem a certeza que te escutam. Falam com você, mas muitas vezes você nem ouve.
E no meio desse ringue, sobram as mães sobrecarregadas e exaustas, pais sem poder de fala e filhos não sendo ouvidos. Nas famílias, chegam informações de todos os lados, cobranças, medos, julgamentos, culpa e autopunição. Com o tempo, todos esses sentimentos acabam virando faísca para uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento.
Qual é então o verdadeiro propósito da parentalidade? É criar para a vida. Ensinar e ser ensinado. Dar as mãos e mostrar o caminho. Em tempos de tanta incerteza, a certeza que fica é a de entender o que é essencial para você e a sua família. Vamos juntos nessa busca de encontrar a felicidade, que pode estar na sua cara. É preciso apenas estar aberto para ela.
11h – Abertura
11h30 – Mesa-redonda 1 | O blá, blá, blá não é de mentira | Silvia Lobo, @silvialobo5, Telma Abrahão, @telma.abrahao, Vivian Rio Stella, @viviriostela, e Isabel Fillardis, @fillards
13h – Bate-papo 1 | O essencial é invisível aos olhos | Nathalia Santos, @nathaliasantos
14h – Palestra | E se só existisse amor? | Marcos Piangers, @piangers
14h45 – Palestra | Menos é menos | Lia Bock, @liabock
15h50 – Palestra | Filhos de todo um mundo | Melinda Blau, @melindablau
16h40 – Mesa-redonda | A voz que vem de dentro | Amanda Pereira, @amandapereira, e André Polonca, @andrepolonca, Vinicius Campos, @viniciuscamposoficial, e Eduardo Lagreca, @edilagreca Mariana Felício, @marianafelicioreal e Daniel Saullo, @danielsaulloreal
18h – Pocket show | Maneva
19h – Encerramento
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