Publicado em 05/08/2021, às 05h29 - Atualizado às 05h30 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro
Uma mulher internada há 20 anos em estado vegetativo no Hospital Militar de Vitória, no ES, pode ser uma criança que desapareceu em 1976. Autoridades suspeitam que a paciente se trate da protagonista do “Caso Clarinha” – no qual uma menina de apenas 1 ano e 9 meses sumiu enquanto a família, de Minas Gerais, passava as férias no Espírito Santo.
De acordo com o hospital, a paciente foi internada em 2000 após ser atropelada por um ônibus. O acidente prejudicou diretamente o cérebro dela – e ela segue em coma desde então. Além disso, testemunhas do atropelamento informaram à polícia que ela estava fugindo de uma perseguição quando foi atingida.
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) acompanha o desaparecimento de Clarinha desde o início das investigações. Em 2020, solicitou uma identificação da mulher internada, e papiloscopistas da FNSP (Força Nacional de Segurança Pública) encontraram semelhanças entre a paciente e a criança desaparecida.
Agora, um exame de reconhecimento facial foi requisitado para mais confirmações. A Polícia Civil de Minas Gerais mantém materiais genéticos de Clarinha arquivados, que foram enviados para análise junto com os da paciente. As autoridades aguardam mais resultados.
A supostas Clarinha deu entrada no hospital sem documentação e, por isso, segue sem identificação há 20 anos. O acidente a levou a passar por diversas cirurgias. Médicosinformaram que ela foi internada com as digitais muito prejudicadas, que dificultaram ainda mais a identificação.
O MPES segue na luta para identificar a paciente desde o primeiro dia de sua internação, e outros órgãos públicos já se envolveram na missão de entender que era essa mulher. Até mesmo uma reportagem no Fantástico tentou reconhecer quem seria a paciente.
102 pessoas pessoas desaparecidas foram associadas com possíveis identidades da mulher internada. Contudo, desse grupo, apenas 22 seguiram como suspeitas. “Depois de uma triagem mais detalhada, quatro casos foram descartados, devido à incompatibilidade de informações ou pelo fato de as pessoas procuradas já terem sido encontradas. O MPES dividiu as 18 pessoas restantes em dois grupos para a realização dos exames de DNA. No entanto, os resultados mostraram-se incompatíveis para traços familiares” informou o MPES à UOL.
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