Criança

Millie Bobby Brown e a “adultização” das meninas

reprodução instagram/milliebobbybrown

Publicado em 03/11/2017, às 09h57 por Redação Pais&Filhos


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Você já deve ter visto o rosto de Millie em algum lugar. Ela é a atriz britânica que interpreta Eleven em Stranger Things, série da Netflix que tem feito um sucesso imenso. Millie tem apenas 13 anos, mas chamou a atenção de muitas pessoas em dois acontecimentos: ela apareceu na premier da segunda temporada da série com um visual bem adulto, roupa de couro, salto, muita maquiagem e cabelos alisados. Bem diferente da primeira premier no ano passado, onde realmente parecia ter 12 anos.

Premier 2016 – 12 anos

(Foto: reprodução web)

Premier 2017 – 13 anos

(Foto: reprodução web)

O segundo acontecimento foi em agosto, na edição da revista W, que incluiu a atriz na lista de celebridades que justificam “porque a TV está mais sexy do que nunca”. Essa sequência de acontecimentos abriu um debate sobre a adultização (quando o fim da infância de uma criança é antecipado, sendo tratadas como adultas) e erotização das meninas. Millie não a primeira nem a última a passar por isso.

(Foto: reprodução instagram/charlizeafrica)

Revista Interview – 12 anos 

(Foto: divulgação)

Muitas pessoas tratam esse assunto falando que as meninas amadurecem mais rápido. Não parece ser o caso. A erotização da mulher tem começado cada vez mais cedo, sendo tratadas como musas e ícones em ensaios fotográficos provocantes e adultos demais para a idade delas. Além das altas cargas de cobrança e responsabilidade que as crianças são submetidas, a imagem delas são modificadas e quando se trata de meninas vem a sexualização muito precoce e com consequências gravíssimas para formação delas.

Millie é mais um fruto de um fenômeno social, onde ela tem a sua infância encurtada e seu corpo erotizado. E não é só lá fora, um levantamento de um site pornográfico constatou que “novinha” e “adolescente” estão entre as palavras mais buscadas pelos usuários brasileiros.

Outro dado que indica a erotização de meninas foi divulgado através da campanha #MeuPrimeiroAssedio, que tomou as redes sociais em 2015 com relatos sobre abusos e assédio sexual na infância, teve a assustadora média de 9,7 anos como a idade em que as meninas sentiram-se objetificadas pela primeira vez

Tanto meninos quanto meninas são protegidos pela legislação e deveriam ter seus direitos preservados. O que acontece é que meninos têm a inocência mantida por muito mais tempo enquanto elas já estão sendo vistas como mulheres, com o discurso de que provocam, de que elas é que não se comportam como deveriam em sua faixa etária.

Temos que parar de culpar as meninas por uma cultura que faz com que elas sejam vistas assim. As “meninas de hoje em dia” ainda são meninas e temos que tratá-las como tal.

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