Publicado em 20/08/2017, às 08h52 por Adriana Cury
Menina joga bola sim! Foi esse o golaço que Maria Alice, de 10 anos, marcou lá na cidade de Vieiras, em Minas Gerais. Impedida de se inscrever na Copa Sesc 2017 só por ser menina, ela não se conformou e foi à luta. Pediu ajuda à mãe, Eliana Aparecida Barbosa, e – juntas – montaram uma campanha nas redes sociais chamada “Deixem a Maria Alice jogar futebol! #MeninasTambémJogam”.
O abaixo-assinado virtual correu o mundo e garantiu mais de 20mil assinaturas. A pressão foi tanta em cima do Sesc Minas que, não teve jeito, Maria Alice conseguiu a autorização para jogar por seu time. A estreia é no sábado, dia 26 de agosto, e a jogadora já mandou bordar seu nome na chuteira nova.
Apesar de não classificar a campanha como parte do movimento feminista, Eliana explicou, em entrevista ao Uol, que na casa delas não existe brinquedo de menino e de menina. “Na minha casa brinquedo sempre foi brinquedo. A Maria Alice tem sim suas bonecas, mas também tem sua coleção de bolas, jogos de dardos, ela gosta. Já a outra, o brinquedo mais extravagante, digamos assim, foi um par de patins. Para mim e para o pai delas sempre foi algo natural respeitar as escolhas delas”.
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