Criança

Mãe processa hospital que não diagnosticou síndrome rara da filha: “Teria abortado”

Emily tem uma irmã de seis anos (Foto: Reprodução/Aquivo Pessoal

Publicado em 23/07/2019, às 11h32 por Nathalia Lopes


Compartilhe:


Emily tem uma irmã de seis anos (Foto: Reprodução/Aquivo Pessoal The Gazette)

Lindsey Shaw, mãe de Emily, tinha 28 anos quando deu à luz em 2014. Mas acontece que ela não teria se tornado mãe se soubesse que a filha tinha uma síndrome rara. Teria abortado. Quando estava com 21 semanas fez um ultrassom para má formações, mas os médicos erraram o diagnóstico.

O caso, que aconteceu em Middlesbrough, está repercutindo porque na última segunda-feira, 22 de julho, Lindsey entrou com um processo milionário contra o sistema público de saúde da Inglaterra.

Os médicos do Hospital James Cook chegaram a prestar esclarecimentos à Suprema Corte de Londres e disseram que, realmente, naquele ultrassom, não havia nenhuma alteração. Mas uma série de testes confirmaram que Emily tem Síndrome de Aicardi.

A indenização

Lindsey se justifica dizendo que não abortaria a menina por não amá-la, mas para que ela não precisasse passar pelo que passa. “Eu teria interrompido minha gravidez, mas não porque ela tem uma deficiência, não porque eu não a amo, mas porque eu sabia que ela iria sofrer diariamente e não teria qualidade de vida”, disse em nota ao Gazette.

A mãe afirma que, precisa do dinheiro da indenização do governo para arcar com os altos custos que ela tem para cuidar da filha. E de fato, o tratamento não é fácil. Aos quatro anos de idade, Emily não fala, não anda e é parcialmente cega.

Aos quatro anos, a família nunca a ouviu rindo(Foto: Reprodução/Aquivo Pessoal The Gazette)

Wayne Walker, advogado de Lindsey, também se manifestou sobre o caso. “O paciente deve ter a oportunidade de ser informado de que certas estruturas… não foram visualizadas, permitindo que as mães tomem decisões sobre a gestação quando todas as informações são apresentadas à elas”.

Os cuidados

A Síndrome de Aicardi é uma condição genética extremamente rara. Mas ela faz com que os dois lados do cérebro não se comuniquem da forma correta. Cerca de 4 mil pessoas em todo o mundo são afetadas por ela.

Por conta disso, Lindsey desabafa sobre os problemas que tem com a filha mais nova. “Ela não pode andar e não consegue se sentar, não tem força corporal. Nós tentamos mantê-la o mais saudável possível, mas ela tem muitas infecções pulmonares, algumas que levaram a vida de algumas crianças“, conta.

“Parece que só saímos para consultas médicas. Isso parece negativo para algumas pessoas, mas é assim que é. Trazer Emily para dentro e depois para fora o tempo todo, faz com que la tenha convulsões, então nos impede de sair”, termina a entrevista.

A Pais&Filhos apenas torce para que a menina possa ter o melhor tratamento possível, que ela não sofra com dores e procedimentos desnecessários e principalmente, sinta-se muito amada. Muita força para toda a família.

Leia também: 

Americana relata síndrome rara que colocou sua gravidez em risco: “Foi como se meu corpo tivesse me traído”

A importância da fonoaudiologia na Síndrome de Down

Síndrome Cornélia de Lange: pouco conhecida e merece sua atenção 


Palavras-chave
Comportamento Saúde Criança Mãe

Leia também

Família

Sabrina Sato é criticada por levar Zoe à viagem com Nicolas Prattes: "A cara dela diz tudo"

Família

Pai de Henry Borel compartilha vídeo da filha indo para casa: "Novo começo"

Família

Belo anuncia romance após separação de Gracyanne Barbosa: "Não estou solteiro"

Família

Ticiane Pinheiro mostra Rafa Justus e ela prontas para festa de 15 anos

Bebês

180 nomes femininos diferentes: ideias de A a Z para você chamar a sua filha

Família

Mãe de Isabella Nardoni fala sobre divulgação do rosto dos filhos pela primeira vez

Gravidez

Sintomas de gravidez: nos primeiros dias, que ninguém sabe, de menino e menina e muito mais

Bebês

210 nomes masculinos para bebês: ideias fortes (e lindas!) para você chamar o seu filho