Publicado em 23/05/2019, às 13h36 - Atualizado às 13h37 por Isabella Zacharias
Noah, de 3 anos, foi diagnosticado com leucemia em abril e iniciou a quimioterapia no Johns Hopkins All Children’s Hospital em São Petersburgo, na Flórida. Mas seus pais, Joshua e Taylor, disseram que o tratamento fez Noah ficar violento e com mudanças bruscas de humor.
Taylor disse que após 10 dias de tratamento, os resultados dos testes não mostraram sinais de células de câncer e que eles foram autorizados a deixar o hospital. Ela e o marido queriam uma segunda opinião sobre as opções de tratamento natural, uma decisão que ela disse que a equipe médica não gostou muito.
“Eles nos ligaram muitas vezes”, disse Taylor à NBC News. “Saímos e fomos para o Kentucky. Nós só queríamos tempo para ter uma segunda opinião”.
Uma semana depois que a família perdeu a segunda sessão de quimioterapia de Noah, o escritório do xerife do condado de Hillsborough divulgou um alerta de criança desaparecida e disse que Taylor e Joshua se recusaram a dar continuidade aos cuidados médicos que a criança precisava.
Depois que encontraram a família em Kentucky, a polícia ganhou a custódia e deixou Noah com os avós.
O advogado da família disse que o casal queria tratar o câncer de Noah com maconha medicinal, óleo de CBD, dieta e vitaminas. Mas Taylor disse que a luta não é sobre o tratamento. “Não se trata de escolher terapias alternativas”, ela disse ao Good Morning America. “Isso é sobre nossos direitos como pais para buscar outras opções”.
Durante o julgamento, o estado da Flórida tinha dois médicos argumentando que a quimioterapia era necessária com urgência porque a saúde de Noah estava em risco, enquanto os pais e o advogado levaram uma família que disse que a quimioterapia quase matou a filha, segundo a WFTS em Tampa.
O juiz determinou que Noah deveria completar mais 28 dias de quimioterapia e depois os médicos iriam avaliar e ver se ele ainda tinha câncer. Durante esse tempo, os pais poderiam usar tratamentos alternativos – incluindo a maconha medicinal – se forem liberados pelos médicos.
“Enquanto estávamos decepcionados, ele tem que começar a quimioterapia amanhã, somos encorajados a dar uma oportunidade para os tratamentos adicionais não só para ajudá-lo a ter menos efeitos colaterais da quimioterapia, mas também para ajudar a eliminar o câncer”, disse Michael Minardi, advogado da família.
Taylor disse que eles planejam recorrer à decisão. “Acho importante que as pessoas saibam que há outras opções além da quimioterapia. E acho que isso abriu uma boa discussão sobre os direitos dos pais, sobre os direitos dos pacientes”, ela conclui.
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