Criança

Internet: amiga ou vilã dos estudos?

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Publicado em 27/04/2018, às 15h26 por Redação Pais&Filhos


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Nossas embaixadoras e colunistas Roberta e Tais Bento resolveram explicar de uma vez por todas que tecnologia não é um diferencial em uma escola.

Você sabe o que a escola do seu filho pensa sobre o uso da tecnologia no processo de aprendizagem?

A resposta dos pais a essa pergunta é geralmente vaga. Muitos sabem que a escola oferece oportunidades para que eles se conectem em algum momento da aula, dependendo da estrutura do colégio. Outros contam empolgados que o filho realiza algumas atividades no computador.

Sim, nossas crianças fazem parte da geração que já nasceu conectada. E a tecnologia já deveria ser tão presente no processo de aprendizagem formal quanto é a lousa e o caderno. Mas há muita confusão sobre como a internet e a tecnologia podem tornar o ensino mais eficaz e atraente, perdendo oportunidades de usar o potencial que de fato possui.

O computador e a internet não têm o poder de fazer o aluno gostar de estudar ou aprender melhor. Eles são ferramentas que, quando usadas na forma e com o propósito adequados, podem sim transformar para melhor a relação que as novas gerações têm com os estudos.

Só que o segredo não está no equipamento ou na velocidade da Internet. Estes são componentes importantes, mas o que se propõe que o aluno faça e com qual objetivo é que faz a diferença. E aí voltamos à chave original de como tornar o processo de aprendizagem interessante: despertar a curiosidade, o desejo de investigação, as possibilidades de tentativa e erro, a interação com os colegas da sala, da escola e de outros lugares do mundo.

Não é o computador ou a internet que desperta o desejo do seu filho em estudar. E quando usados em excesso ou sem uma proposta pedagógica coerente, o distanciamento dos processos que motivam para a aprendizagem é cada vez maior. O perigo é que ainda há grande foco em equipar as escolas, quando o diferencial é o professor. Usar a tecnologia como ferramenta que ajuda na inclusão, na personalização e na ampliação das possibilidades de aprendizagem para além da sala de aula e da escola é um desafio.

A maneira como uma ferramenta é utilizada importa mais do que os milhares de recursos que ela pode ter embutidos. Usar a internet simplesmente porque os alunos são nativos digitais é menosprezar o potencial de ambos. Se for esse o motivo, o melhor seria aproveitar a sala de aula para que os nativos digitais aprendessem a se desconectar do mundo virtual e interagir com pessoas reais, aprender e ensinar com seus colegas enquanto estão ali, fisicamente juntos. Ensinar nossos filhos o que podem buscar no mundo digital e o que precisam encontrar no mundo real também faz parte da educação que eles merecem receber. A tecnologia deverá ser um recurso acessível para todos os alunos em um futuro próximo, mas caberá à escola ensinar a eles como se desconectar e aplicar, no mundo real, o que aprenderam ou coletaram de informações no mundo virtual.

O aluno consegue se conectar e fazer diversas coisas ao mesmo tempo, mas precisa aprender a focar em um livro, entender um texto e escrever com destreza. Para que a tecnologia continue a servir ao homem, nossas crianças, as nativas do mundo digital, precisam aprender a colocar o real peso de quem domina a quem. Só assim serão capazes de construir máquinas melhores para fazer um mundo melhor!

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