Criança

Entenda como nossos filhos aprendem

Publicado em 17/05/2012, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


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Por Marianna Perri, filha de Rita e José

Quando um bebê sai da barriga da mãe, ele está pronto para descobrir o mundo ao seu redor. Já nos primeiros anos de vida, recebe uma avalanche de informações. Vozes, sons, luzes, sabores, texturas. São milhares de estímulos processados pelo cérebro que vão, aos poucos, se transformando em habilidades como respirar, falar, andar, ler e escrever. É o início do processo de aprendizagem que se estenderá por toda vida.

Ele é muito mais do que apenas decorar ou repetir algo novo. Acontece quando uma informação é recebida e processada pelo cérebro e provoca uma mudança no desempenho diante da vida. É o aprender que transforma a criança em integrante da sociedade e participante de uma cultura. E é essa sociedade e cultura que serão responsáveis por moldar outras habilidades que se desenvolverão no futuro.

As fases da aprendizagem

Até os dois anos, o bebê vive a fase perceptivo-motora. Nela, a criança aprende pelos sentidos, no contato físico com os objetos e pessoas. Colocando as coisas na boca, cheirando, escutando. Cabe aos pais intermediarem esse processo, com brinquedos, jogos e músicas adequados e compartilhando essas experiências. É nessa fase que a criança começa a entender e aprender a linguagem, tanto oral como física, a partir do convívio com os pais, familiares e outras crianças.

A segunda fase do aprendizado vai dos dois aos cinco anos. Ela passa a representar o mundo, também por meio da fala, e diversifica seu repertório de linguagens nas brincadeiras e com a imaginação. Percebe que as coisas podem ser representadas. Entre os cinco e seis anos, inicia-se a terceira fase, quando a criança consegue ir além da representação e passa a ser capaz de desenvolver novas formas de se expressar. Nesta idade ocorre o início da alfabetização e ela sai da aprendizagem informal para a formal, na escola.

As dificuldades que surgem na escola

Na ruptura de uma fase para a outra, algumas dificuldades específicas podem surgir no desenvolvimento motor, da escrita, da leitura e até na capacidade de calcular. Alguns estudiosos defendem que essas questões não devem ser tratadas como doenças e podem ser solucionadas com métodos de ensino. Já outros, acreditam que esses problemas têm origem neurológica, biológica e genética. As crianças com essas dificuldades sofreriam de uma alteração na capacidade de aprendizagem devido a falhas na transmissão de informações entre os neurônios.

Independente do ponto de vista sobre sua origem, estes chamados distúrbios de aprendizagem, identificados pelo prefixo “dis” (dislexia, disgrafia, disortografia, discalculia), quando não identificados ou supervalorizados, podem complicar ainda mais o processo de aprendizagem.

Entenda a dislexia

Por isso, preparamos uma série de reportagens sobre as doenças mais comentadas nesses casos: a dislexia e o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). A intenção é ajudá-la a identificar essas condições e procurar as melhores saídas com a ajuda de um especialista. Vamos, ainda, mostrar o outro lado, a superdotação, que, se mal abordada, pode até afetar negativamente o desempenho da criança.

>>> Leia mais: Seu filho tem problema de apredizagem? 

Consultoria: Marilene Proença, mãe de André, Luiza e Mariana, é professora no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e membro da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional. Sylvia Ciasca, filha de Oswaldo e Nelyde, é neuropsicóloga e professora associada do departamento de neurologia da Faculdade de Ciêncas Médicas da Unicamp e coordenadora do Laboratório de Distúrbios da Aprendizagem e Atenção da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Disapre).


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