Criança

Aumenta o número de casos de autismo nos EUA

Publicado em 04/04/2012, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


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Marianna Perri, filha de Rita e José

Enquanto no Brasil os números de casos de autismo não são estimados, nos Estados Unidos este levantamento é feito – e tem preocupado muitos especialistas e pais. Uma pesquisa, divulgada no fim de março, mostra que os casos do transtorno aumentaram 78% em oito anos (de 2000 a 2008).

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano mostrou que, em 2008, uma em cada 88 crianças nos Estados Unidos tinha algum transtorno do espectro autista, sendo um em cada 54 casos entre meninos. Isso ocorre porque o amadurecimento do cérebro dos meninos é mais complicado, os deixando mais sensíveis a interferências de fatores externos.
Estes números são 25% maiores do que o estimado no último levantamento, feito em 2006, quando uma em cada 110 crianças tinha autismo. Quando o CDC começou os estudos, em 2000, a estimativa era a de uma criança autista para cada 150. Algumas pessoas acreditam que esta mudança no número de casos se deve a mudanças no diagnóstico das doenças de espectro autista, mas este não é o caso da pesquisa realizada pelo CDC. O estudo foi feito com crianças de oito anos, com diagnóstico já confirmado de autismo, e segue os mesmos critérios definidos pelo DSM (catálogo da associação americana de psiquiatria) em 2000.
Novas faces do autismo
Se antes apenas o autismo clássico, aquele em que a criança não fala e não socializa, era o único estágio do transtorno conhecido, hoje existem diferentes níveis de autismo e outras síndromes que entram no espectro autista. As crianças autistas de qualquer nível apresentam um transtorno no desenvolvimento neurológico, caracterizado pela dificuldade de interação social, de fazer e entender expressões faciais, com comportamento repetitivo, problemas de fala, falta de imaginação e dificuldade em desenvolver atividades lúdicas.
As doenças do espectro autista se manifestam em diferentes níveis de criança para criança, indo desde o caso mais grave, o autismo clássico, até a Síndrome de Aspenger, na qual a criança fala e apresenta interesse pelo ambiente, mas tem dificuldade de interação social. Além da amplitude no diagnóstico do transtorno, existem alguns outros fatores que podem estar contribuindo para este aumento. Para Rogério Rodrigues Rita, pai de Rafaela e especialista em tratamentos biomédicos do autismo, é um desafio para a Medicina entender o que está acontecendo. “Talvez este problema seja de origem ambiental, já que não temos uma epidemia genética do autismo. Esta é uma manifestação nas crianças, mais frágeis, da vida tóxica (toxicidade ambiental) que vivemos”, afirma.
Para o especialista, algumas intervenções médicas interferem no grande número de casos do autismo: tratamentos de inseminação artificial, bebês que ficam na UTI neonatal, uso frequente de antibióticos e substância analgésicas durante a primeira infância. Fatores tóxicos, como a presença de inseticidas e agrotóxicos nos alimentos, e metais pesados também interferem, assim como a idade avançada dos pais (35 anos para elas e 50 para eles) e algumas doenças autoimunes das mães.
Como saber se seu filho pode ter autismo
As crianças são diagnosticadas com autismo por volta dos dois anos, quando há uma pausa no desenvolvimento neurológico e começam a aparecer alguns sintomas, como:
– Mudanças na fala e no comportamento da criança;
 
– Falta de contato olho no olho entre os pais e o pequeno;
 
– Repetição de comportamentos, como ficar horas na frente da TV sem se manifestar.
O diagnóstico é clínico, mas são feitos exames para descartar doenças genéticas e outros tipos de atrasos neurológicos. O tratamento é feito por tempo indeterminado, já que a resposta varia de acordo com a criança.
Já existem outras formas de tratar o autismo, como o movimento de pais e médicos nos Estados Unidos, que procura cuidar destas crianças com mudanças dietéticas, nutricionais e de medicamentos. Este novo tratamento será destacado durante o congresso promovido em São Paulo entre os dias 13 e 14 deste mês pelo site Autismo Infantil. Pais e médicos podem participar e as inscrições podem ser feitas na página: www.autismoinfantil.com.br.  
Consultoria: Rogério Rodrigues Rita, pai de Rafaela, é clínico geral, homeopata e especialista no tratamento biomédico de autismo pelo Autism Research Institute.

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