Colunas / Vida de equilibrista

Só a ausência gera presença

Publicado em 28/10/2013, às 22h00 por Cecilia Troiano


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“A falta de mãe é perigosa e o excesso de mãe intoxica” 

Acho essa frase do Dr. Leonardo Posternak brilhante, ouvida durante a preparação de meu primeiro livro, Vida de Equilibrista. Se a grande culpa é partilhar da vida dos filhos menos do eu que gostaria, o contrário – ficar em cima deles o tempo todo – também parece ser nocivo. Aprendi com o Dr. Leonardo, que a relação com o filho deve ser permeada por períodos de ausência e presença. Tão importante quanto estar com os filhos é também não estar com eles o tempo todo. Tanto a valorização do tempo passado junto quanto o querer um ao outro se intensificam. Você sente desejo de estar com o filho – porque não está naquele momento – e ele vai continuar querendo que você volte!  Essa constatação, aparentemente simples, já pode ser suficiente para deixar muitas mães aliviadas. Eu mesma senti um enorme alívio ao ouvir essa frase. 

O que conta mais é a qualidade do contato com a criança do que a quantidade de horas que ficamos com eles. Essa frase, célebre principalmente a partir dos anos 90, foi apresentada às mães que responderam à pesquisa do meu livro e obteve 80% de concordância. Concordar com esse conceito pode expressar duas coisas. Traduz um sentimento genuíno: o COMO ficar com a criança tem mais peso do que o QUANTO se está com ela. Ou seja, o que tem mais valor é a qualidade da relação mãe e filho e não a aritmética das horas. Por outro lado, pode também ser uma explicação racional para as mães se sentirem emocionalmente tranquilas. Já que eu não tenho todo o tempo para os filhos e acredito no valor supremo da qualidade, consigo aí uma teoria que defende as minhas ações. A mãe se sente amparada por isso e se exime da culpa ou, pelo menos, de parte dela. 

Os pediatras defendem que a quantidade na relação mãe e filho importa, sim, e que o primeiro ano de vida da criança é fundamental. Mas também podemos perceber casos em que existe muita quantidade e pouca qualidade. “A pior ausência de uma mãe, ou de um pai, é a ausência presente. Isso a criança não entende jamais”, garante o Dr. Leonardo Posternak. Estar em casa ou até na mesma sala, mas concentrado no computador, ou atrás de um livro ou jornal, é algo incompreensível para a criança. Como alguém pode estar ali (presente) e não estar (ausente)? O desafio é, durante o contato com o filho, estar ali de corpo e alma e o maior presente (para ele e para você) é se entregar totalmente na brincadeira, na hora da lição, durante o lanche, seja quando for, ficar com o filho, melhor. Se o tempo é curto, o importante é a qualidade”, diz. 

Para mim, essa já foi um bela dica e espero que para vocês também!


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