Colunas / Vida de equilibrista

Recrutam-se mães

Publicado em 20/01/2015, às 22h00 por Cecilia Troiano


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De um lado, muitas mães querem trabalhar fora de casa, afinal, estudaram e criaram carreiras que geram prazer e retorno financeiro. Do outro lado, empresas querem atrair mais mulheres talentosas para seus postos de liderança. Apesar desse aparente desejo comum, as coisas não caminham exatamente dessa forma, como bem sabemos. A relação empresas – mães está longe de ser harmônica. Muitas mães, de um lado, acham que as exigências para manter uma carreira bem sucedida são incompatíveis com a maternidade. Assim, abrem mão do emprego, retornam para casa e passam a se dedicar em tempo integral aos filhos. Do lado das empresas, essas queixam-se que é difícil “segurar” as mulheres e que a maternidade cria uma atenção dividida e que a carreira acaba ficando em segundo plano. Algumas não largam a carreira, mas tampouco topam desafios que demandariam mais horas de trabalho e a possibilidade de crescer na empresa. O impasse está formado e hoje não é pequeno o número de mulheres que ficam com esse dilema atormentando suas cabeças: ficar ou largar o emprego?

Discussões sobre como “segurar” as mães dentro das empresas estão presentes em muitas companhias ao redor do mundo. A Coca Cola, por exemplo, tem como meta até o ano de 2020 ter homens e mulheres dividindo igualmente os postos de liderança. Para tanto, foram criadas medidas específicas para treinar e reter as mulheres. Também o Citibank com seu programa “Maternity Matters”, que poderia ser traduzido como “Maternidade tem valor”, criou um apoio às profissionais que são mães, oferecendo a elas um coaching em 3 momentos: antes do nascimento, durante o final da licença e após o retorno ao trabalho. O foco do programa é criar um ambiente corporativo que seja acolhedor para as mães, preparando-as para as mudanças e discutindo formas de amenizar a “dor” do retorno. No Reino Unido tal programa conseguiu que 98% das mulheres voltassem ao trabalho após terem o bebê. 

Creches também são mecanismos de forte apelo junto às mães, principalmente quando estas têm qualidade e geram confiança, como é o caso da creche da Natura. É uma forma da mãe estar perto do filho e ter a cabeça em paz para se concentrar no trabalho. A agência de comunicação Y&R pode ser considerada um oásis no frenético negócio da publicidade, onde o acelerado ritmo de trabalho muitas vezes é incompatível com mães de filhos pequenos. A empresa “mima” as mães com uma série de iniciativas. Uma delas foi produção de um vídeo dos filhos de cada uma das profissionais, especialmente feito para a celebração do dia das mães, sem que elas soubessem de nada. No dia da entrega dos vídeos, emoção e lágrimas tomaram conta da agência. Pode parecer à primeira vista uma ação oportunista apenas, mas iniciativas como essa conseguem estreitar o laço entre mãe e empresa.  

Coca Cola, Citibank, Natura e Y&R são exemplos de empresas que, com diferentes políticas, tentam encurtar as distâncias e aproximar pontos de vistas entre a corporação e a mãe.  Vejo com bons olhos tais iniciativas, pois permitem um jogo de ganha-ganha. Empresas ganham porque podem contar com o talento feminino.  E mães ganham porque encontram uma forma de compatibilizar a vida de equilibrista, preservando ambos os papéis, de mãe e de profissional.


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