Colunas / Vida de equilibrista

O Paredão da Maternidade

Publicado em 19/02/2015, às 22h00 por Cecilia Troiano


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Cada vez mais mulheres ocupam as salas de aula das universidades, ultrapassando o número de homens em muitas áreas. Nas empresas, nos cargos de trainees, as “meninas” também disputam igualmente as vagas oferecidas. Essas jovens recém-formadas sonham com um emprego em uma empresa admirada, na mesma intensidade que os “meninos”. E não poderia ser diferente. Capazes, preparadas, motivadas, as mulheres têm todos os quesitos para serem bem sucedidas profissionalmente. E muitas, de fato, estão sendo extremamente vitoriosas. Alguns exemplos de nomes no Brasil contam essa história, algumas famosas, outras anônimas mas igualmente bem sucedidas.

Como tudo na vida tem uma “conjunção adversativa”… Apesar de tantas oportunidades que vislumbramos para as mulheres no mercado de trabalho, ainda nos deparamos com o “paredão” da maternidade. No momento que a mulher torna-se mãe, em muitos casos, o olhar para a carreira também muda. Aquele projeto de buscar um cargo mais elevado, às vezes, perde força e em seu lugar um desejo de encontrar um mecanismo para compatibilizar o filho ainda bebê e a carreira. Ambos os “pratinhos” cobram da mulher equilibrista o seu melhor desempenho. De um lado, um ser que ela nunca imaginou ser capaz de amar tanto. De outro, uma carreira, que traz satisfação pessoal e um conforto material. E agora, o que fazer? A isso dou o nome de “paredão” da maternidade. O momento de rever prioridades, de organizar a vida, de fazer escolhas. A diferença deste paredão para os que vemos nos reality shows da TV é que quem está no comando somos nós. A decisão e as escolhas estão nas nossas mãos. Por um lado, muito bom poder decidir o que se quer fazer. Por outro, ai, ai, ai, o que eu quero?

Uma das soluções para esse “paredão” é buscar alternativas que permitam a conciliação dos dois pratinhos. Trabalhos meio período (muito raros), home-office e jornadas com horários flexíveis são algumas das soluções praticadas. Abrir um negócio próprio ou uma consultoria também entram na lista de opções.

E há um outro contingente de mulheres que prefere dar um tempo e concentrar-se na família, deixando a carreira em compasso de espera. Seja qual for a opção, muitas vezes ela vem junto com uma boa dose de culpa (olha a culpa aí de novo, nos perseguindo!). Culpa por dedicar-se tanto à carreira e depois abrir mão dela. Culpa por não mais ser independente financeiramente. Culpa por achar que está na contramão do que uma mulher, nos dias de hoje, deveria fazer.

Quando me pedem conselho sobre o que fazer diante desse “paredão” sou bem sincera em dizer: “faça aquilo que você acha que é certo”. Não faça apenas porque é mais bonito, porque a sogra está cobrando ou porque as amigas estão fazendo. Pense, converse em casa e tome uma decisão. O bom do “paredão” da maternidade é que ele permite uma reavaliação de tempos em tempos. Você não está eliminada definitivamente se largou a carreira ou se decidiu acelerar prá valer. Ou seja, sempre é possível encarar o “paredão” novamente e revisar os planos se for preciso.  


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